Economia

UE pune bancos com suspensão de negócios com derivativos

A decisão desta segunda-feira da Comissão Europeia, que pode resultar em pesadas multas, vem num movimento em que grandes bancos estão sob investigação por suspeita de fraude


	Comissão Europeia: 13 bancos de investimento foram punidos, bloqueando o acesso ao mercado de derivativos de crédito
 (Daniel Roland/AFP)

Comissão Europeia: 13 bancos de investimento foram punidos, bloqueando o acesso ao mercado de derivativos de crédito (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 14h58.

Bruxelas - Órgão reguladores da União Europeia puniram 13 bancos de investimento bloqueando o acesso ao mercado de derivativos de crédito, atingindo a indústria com o mais recente de uma lista crescente de dores de cabeça regulatórias.

A decisão desta segunda-feira da Comissão Europeia, que pode resultar em pesadas multas, vem num movimento em que grandes bancos estão sob investigação por suspeita de fraude de manipular as taxas de referência Euribor e Libor.

A Comissão disse que os bancos, incluindo Citigroup e Goldman Sachs, além da empresa de dados financeiros Markit e a International Swaps and Derivatives Association (ISDA), haviam barrado a Deutsche Boerse e a Chicago Mercantile Exchange do mercado de credit default swaps (CDS) entre 2006 e 2009.

Os CDS, que movimentaram mais de 10 trilhões de euros (13 trilhões de dólares) neste ano, permitem ao investidor apostar na incapacidade de uma empresa ou país não cumprir com obrigações dentro de um período de tempo.

Inicialmente, esses produtos eram negociados no mercado de balcão, mas o mercado está se deslocando para bolsas em meio aos esforços para aumentar a transparência da regulamentação.

A falta de transparência em produtos de balcão tem sido um alvo chave dos reguladores após a crise de 2007-2009.

O caso de CDS é um dos vários aberto pelo regulador antitruste da União Europeia para os serviços financeiros desde a crise. Bancos e outras empresas envolvidas poderiam ser multadas em até 10 por cento do seu volume de negócios global se forem considerados culpados de infringir as regras da UE.

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