Economia

UE e Mercosul devem fechar acordo no 1º semestre, diz secretário

"Nunca estivemos tão próximos", diz secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz. Cenário otimista é conclusão na semana que vem

Países do Mercosul: se concretizado, acordo com UE seria um dos maiores do mundo (Mercosul/Divulgação)

Países do Mercosul: se concretizado, acordo com UE seria um dos maiores do mundo (Mercosul/Divulgação)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de maio de 2019 às 17h52.

Última atualização em 8 de maio de 2019 às 18h01.

A União Europeia e o Mercosul devem finalizar o acordo comercial entre os dois blocos ainda neste semestre, disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, em entrevista. As negociações se arrastam há anos. “Nunca estivemos tão próximos”, afirmou.

Em um cenário otimista, é possível que o acordo seja assinado já na próxima semana, em uma rodada de negociação que acontecerá em Buenos Aires, na Argentina.

Caso os planos do governo se concretizem, será criado um dos maiores pactos de livre comércio do mundo.“O que avançamos em 4 meses é mais do que em 20 anos.”

Simultaneamente ao acordo com a União Europeia, o governo brasileiro pretende finalizar, em seu primeiro ano, as negociações entre o Mercosul com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA).

Sob o argumento de que essa é uma prioridade para a atual equipe econômica e apostando de que a inserção do Brasil no comércio internacional melhora a competitividade, Ferraz também trabalhará para entregar um acordo com o Canadá ainda em 2019 ou no início do próximo ano.

Imposto de importação

Está também na agenda para 2019 o início de uma redução lenta e gradual das tarifas de importação de bens intermediários, de capital e de informática. O governo quer reduzir, até o final da gestão do presidente Jair Bolsonaro, em média 50% da tarifa.

“A ideia é fazer abertura responsável, não fazer abertura abrupta, e em paralelo com outras medidas para reduzir o custo Brasil, incluindo reforma tributária e melhoria de infraestrutura”, disse Ferraz.

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