Economia

UE e EUA dão pontapé para negociações de comércio livre

Maior aliança comercial mundial livre pode ser um exemplo a ser seguido por competidores globais


	Bandeira dos EUA: tal acordo será a tentativa mais ambiciosa desde a fundação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1995
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Bandeira dos EUA: tal acordo será a tentativa mais ambiciosa desde a fundação da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1995 (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 12h54.

Bruxelas - Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) concordaram nesta quarta-feira em promover até o final de junho o início de negociações para criar a maior aliança comercial mundial livre, o que pode ser um exemplo a ser seguido por competidores globais.

Tal acordo será a tentativa mais ambiciosa desde a fundação da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995, englobando metade da produção econômica do mundo e um terço das transações comerciais globais.

"Essas negociações estabelecerão um padrão, não apenas para o nosso comércio e investimento bilateral futuro, incluindo questões regulatórias, mas também o desenvolvimento de regras comerciais globais", afirmou em entrevista o presidente do Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

Ao falar após a divulgação de um relatório conjunto dos EUA e da UE recomendando o início das negociações, Barroso disse que a expectativa é que os dois lados iniciem as negociações neste semestre.

O relatório vê o acordo impulsionando a economia da UE em cerca de 0,5 por cento e a economia norte-americana em aproximadamente 0,4 por cento até 2027, com um aumento de 86 bilhões de euros de renda anual para a primeira e de 65 bilhões de euros para a segunda.

O relatório foi divulgado um dia após o presidente Barack Obama expressar apoio a um potencial acordo em seu discurso do Estado da União, dizendo que isso apoiaria milhões de bons empregos norte-americanos.

Emprego e crescimento justificam a aliança, dado que ambas as economias estão lutando para interromper uma sequência de quase cinco anos de retrações e recuperação fraca, assim como o aumento da competição da China e outras economias emergentes.

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