Economia

UE diz que Ucrânia quer assinar acordo de associação

Chefe da diplomacia europeia disse que o presidente da Ucrânia tem a intenção de assinar o acordo de associação negociado entre este país e o bloco

Chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, e o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich: até agora Ucrânia se recusa a aceitar o acordo (Getty Images)

Chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, e o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich: até agora Ucrânia se recusa a aceitar o acordo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 07h57.

Bruxelas - A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, afirmou nesta quinta-feira que o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, "tem a intenção de assinar o acordo de associação" negociado entre este país e o bloco europeu e que até agora se recusa a aceitar.

Ashton, que se reuniu nos últimos dois dias em Kiev com Yanukovich, afirmou que o líder "deixou claro que tem intenção de assinar o acordo de associação". A chefe diplomática fez a declaração ao chegar a um conselho de ministros da UE em Bruxelas (Bélgica).

A alta representante da política externa europeia disse que o líder ucraniano comentou as "dificuldades econômicas a curto prazo que seu país enfrenta".

"Na minha opinião, esses desafios, que são reais, podem ser abordados não só através do apoio que vem das instituições da UE, mas também mostrando que o país tem um plano econômico sério ao assinar o acordo de associação", opinou.

"Também ajudará a atrair os investimentos que o país necessita", disse Ashton. A diplomata frisou que para "hoje ou amanhã" espera a visita em Bruxelas do vice-primeiro-ministro ucraniano, Sergei Arbuzov.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, disse na quarta-feira que o país precisa de 20 bilhões de euros de ajuda e investimentos para assinar o acordo com a UE.

A Comissão Europeia afirmou que não vai entrar em um "leilão" para persuadir a Ucrânia para assinar o acordo de associação e livre-comércio.

Ashton viajou para Kiev com o objetivo de incentivar um diálogo político que ponha fim à crise gerada após a decisão do governo de não assinar por enquanto os acordos negociados com a UE.

Após essa recusa da Ucrânia começaram a ocorrer manifestações a favor da associação com a UE, que em alguns casos foram reprimidas com violência pela polícia.

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