Economia

UE crescerá 1,3% e Zona do Euro 0,8%, diz Comissão Europeia

A comissão divulgou previsão de frágil crescimento da economia para a Zona do Euro e o conjunto da União Europeia


	Bandeiras da União Europeia: previsões revisaram para baixo as expectativas divulgadas em maio
 (Emmanuel Dunand/AFP/AFP)

Bandeiras da União Europeia: previsões revisaram para baixo as expectativas divulgadas em maio (Emmanuel Dunand/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 11h30.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) divulgou nesta terça-feira a previsão de um frágil crescimento da economia para a Zona do Euro e o conjunto da União Europeia (UE), de 0,8% e 1,3% respectivamente em 2014.

O Executivo comunitário, que publicou hoje suas previsões macroeconômicas para a UE, apontou que em 2015 o crescimento do PIB dos países com a moeda comum será de 1,1% e de 1,5% para toda a União.

Para 2016, as previsões dos economistas da CE apontam para um aumento do PIB de 1,7% para a zona do euro e de 2% para a UE.

As previsões macroeconômicas da nova CE, presidida por Jean-Claude Juncker, revisaram para baixo as expectativas divulgadas em maio, quando se estimava que a economia da zona do euro cresceria 1,2% este ano e 1,7% em 2015, enquanto as do conjunto da UE 1,6% e 2%, respectivamente.

"A situação econômica e do emprego não melhorou com a rapidez suficiente", reconheceu o vice-presidente da CE para Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, Jyrki Katainen, que afirmou que o Executivo comunitário "está comprometido a usar todos os instrumentos e recursos disponíveis para que a Europa tenha mais emprego e crescimento".

Katainen apostou que o plano de investimentos de 300 bilhões de euros que a CE quer aprovar antes do fim do ano, marcará "o início e o sustento da recuperação econômica", por considerar que "acelerar os investimentos é o eixo da recuperação".

A CE assinalou que a melhoria econômica iniciada no segundo trimestre de 2013 continua, de maneira geral, sendo frágil e débil em alguns dos Estados-membros em particular, além da confiança econômica "ser menor do que então, o que reflete os crescentes riscos geopolíticos e perspectivas econômicas gerais menos favoráveis".

"Não há uma resposta única aos desafios que a economia europeia enfrenta. É preciso atuar em três frentes, com políticas fiscais críveis, reformas estruturais ambiciosas e mais investimentos públicos e privados", afirmou o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici.

A criação de emprego foi moderada e as taxas de desemprego só "baixaram ligeiramente", indicou o relatório. A taxa de desemprego este ano ficará em 10,3%, e baixará para 10% e 9,5% em 2015 e 2016 no conjunto da União.

Na zona do euro, o nível de desemprego ficará este ano em 11,6%, e cairá para 11,3% em 2015 e para 10,8%, em 2016.

A CE prevê que a inflação continuará baixa este ano devido aos menores preços das matérias-primas e ao arrefecimento econômico, mas acredita o indicador acompanhará a melhora da economia e a alta dos salários.

A inflação projetada para o conjunto da UE em 2014 é de 0,6%, de 1% em 2015 e de 1,6% em 2016, enquanto na zona do euro a previsão é do 0,5% para este ano, de 0,8% para o seguinte e de 1,5% em 2016.

A CE também indicou que os governos da UE continuarão reduzindo seus déficits públicos em 2014, embora em um ritmo inferior ao ano passado, e assim apontam que esse indicador será de 3% do PIB na UE e de 2,6% nos países de moeda única.

A previsão para a dívida pública em 2014 é de 88,3% do PIB para o conjunto da UE e de 94,8% entre os países do euro.

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