Economia

Ucrânia diz que perda da Crimeia custou US$ 100 bilhões

Ucrânia calcula em 100 bilhões de dólares o custo da perda da península da Crimeia, segundo o presidente interino


	Mapa da Crimeia com bandeira russa em muro: península foi incorporada em março à Rússia
 (Artur Bainozarov/Reuters)

Mapa da Crimeia com bandeira russa em muro: península foi incorporada em março à Rússia (Artur Bainozarov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 13h21.

Kiev - A Ucrânia calcula em 100 bilhões de dólares (72,9 bilhões de euros) o custo da perda da península da Crimeia, incorporada em março à Rússia, declarou nesta quarta-feira o presidente interino Olexander Turchynov.

"A ocupação da Crimeia provocou perdas de mais de 100 bilhões de dólares", declarou Turchynov, para quem "a agressão russa não parou" nesta península do mar Negro, mas se estendeu ao leste do país.

Segundo Turchynov, "a situação é explosiva nas regiões de Donetsk e Lugansk", onde os ativistas pró-Moscou proclamaram a soberania destes territórios depois da celebração de referendos de independência, aprovados por ampla maioria no domingo passado.

Turchynov fez as declarações durante a abertura de uma mesa redonda em Kiev, moderada pelo ex-diplomata alemão Wolfgang Ischinger, para abordar a crise ucraniana. Os separatistas pró-Rússia não foram convidados para o debate.

"Estamos dispostos a escutar os cidadãos do leste. Mas não devem atirar, atacar ou ocupar prédios administrativos", disse o presidente ucraniano.

"Aqueles que, com as armas nas mãos, conduzem uma guerra contra o próprio país, aqueles que nos ditam a vontade do país vizinho responderão à lei. Não cederemos à chantagem", completou Turchynov.

A mesa redonda deve contribuir para a organização de um "processo eleitoral inclusivo, honesto e transparente" para a eleição presidencial de 25 de maio, disse Ischinger.

"Estamos aqui para promover este processo, ajudar a dirigir a Ucrânia para a Europa e assegurar um futuro próspero", concluiu o diplomata.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, dois ex-chefes de Estado e os candidatos na eleição presidencial de 25 de maio também participam na reunião.

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