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Uber em NY está matando mercado de crédito para táxis

Os taxistas não são os únicos que estão sentindo o calor da incursão do Uber na cidade americana

Táxis em Nova York: o debate no setor de táxis de NY, avaliado em US$ 15 bilhões, que começou com a chegada da Uber, prossegue com os credores retirando seu apoio (Timothy A. Clark/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 17h49.

Os taxistas não são os únicos que estão sentindo o calor da incursão da Uber Technologies Inc. na cidade de Nova York. Seus credores também estão.

As empresas de táxi geralmente contraem empréstimos contra o valor dos medalhões – licenças para transportar passageiros – e depois refinanciam os empréstimos antes que vençam.

O Citigroup Inc. está tentando se desfazer de 89 medalhões, o New York Community Bancorp Inc. pôs sua carteira de empréstimos para táxis à venda e cooperativas de crédito com um total de US$ 2,5 bilhões em empréstimos de medalhões estão processando a cidade por não impedir que a Uber roube seus clientes.

Em meio à turbulência, o valor de um medalhão afundou de US$ 1,1 milhão em 2013 para US$ 770.000, de acordo com dados da Comissão de Taxi Limusine de Nova York.

A concorrência dos 26.000 motoristas de táxi da Uber em Nova York reduziu a receita dos donos dos 13.600 medalhões da cidade e de seus 50.000 operadores.

A debacle do setor de táxis de Nova York, avaliado em US$ 15 bilhões, que começou com a chegada da Uber há quatro anos, prossegue com os credores retirando seu apoio.

Mais do que o ouro

Durante muitos anos, os medalhões de táxis foram um investimento melhor do que o ouro. De 1980 a 2013, os valores subiram mais de 1000 por cento enquanto o ouro ganhou 181 por cento.

Os confiáveis fluxos de caixa dos medalhões significavam credores clamando por acesso ao setor.

Tudo isso mudou com a chegada da Uber, que combina motoristas com passageiros utilizando um aplicativo de celular.

A decisão da empresa há um ano de diminuir os preços do seu serviço UberX em Nova York atraiu mais motoristas e provocou a queda dos preços dos medalhões, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence, Harvey Lei.

O New York Community Bancorp disse no ano passado que tentaria vender seu negócio de empréstimos de medalhões de táxi de US$ 200 milhões. Ele ainda precisa encontrar um comprador.

O banco disse que quer vender a carteira para manter seus ativos abaixo do limite de US$ 50 bilhões, que desencadeia um aumento da fiscalização regulatória.

Sangrando amarelo

O magnata dos táxis Evgeny “Gene” Freidman, que diz que a cidade de Nova York “está sangrando amarelo”, pediu aos reguladores que blindem melhor a indústria de táxi da cidade contra ameaças de empresas como a Uber.

“Nova York deve se posicionar contra a tomada de controle hostil que está sendo tentada por uma mafiosa de Silicon Valley, em conjunto com bancos predadores”, disse Freidman em um comunicado no mês passado.

Uma porta-voz da Uber se recusou a comentar.

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Os taxistas não são os únicos que estão sentindo o calor da incursão da Uber Technologies Inc. na cidade de Nova York. Seus credores também estão.

As empresas de táxi geralmente contraem empréstimos contra o valor dos medalhões – licenças para transportar passageiros – e depois refinanciam os empréstimos antes que vençam.

O Citigroup Inc. está tentando se desfazer de 89 medalhões, o New York Community Bancorp Inc. pôs sua carteira de empréstimos para táxis à venda e cooperativas de crédito com um total de US$ 2,5 bilhões em empréstimos de medalhões estão processando a cidade por não impedir que a Uber roube seus clientes.

Em meio à turbulência, o valor de um medalhão afundou de US$ 1,1 milhão em 2013 para US$ 770.000, de acordo com dados da Comissão de Taxi Limusine de Nova York.

A concorrência dos 26.000 motoristas de táxi da Uber em Nova York reduziu a receita dos donos dos 13.600 medalhões da cidade e de seus 50.000 operadores.

A debacle do setor de táxis de Nova York, avaliado em US$ 15 bilhões, que começou com a chegada da Uber há quatro anos, prossegue com os credores retirando seu apoio.

Mais do que o ouro

Durante muitos anos, os medalhões de táxis foram um investimento melhor do que o ouro. De 1980 a 2013, os valores subiram mais de 1000 por cento enquanto o ouro ganhou 181 por cento.

Os confiáveis fluxos de caixa dos medalhões significavam credores clamando por acesso ao setor.

Tudo isso mudou com a chegada da Uber, que combina motoristas com passageiros utilizando um aplicativo de celular.

A decisão da empresa há um ano de diminuir os preços do seu serviço UberX em Nova York atraiu mais motoristas e provocou a queda dos preços dos medalhões, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence, Harvey Lei.

O New York Community Bancorp disse no ano passado que tentaria vender seu negócio de empréstimos de medalhões de táxi de US$ 200 milhões. Ele ainda precisa encontrar um comprador.

O banco disse que quer vender a carteira para manter seus ativos abaixo do limite de US$ 50 bilhões, que desencadeia um aumento da fiscalização regulatória.

Sangrando amarelo

O magnata dos táxis Evgeny “Gene” Freidman, que diz que a cidade de Nova York “está sangrando amarelo”, pediu aos reguladores que blindem melhor a indústria de táxi da cidade contra ameaças de empresas como a Uber.

“Nova York deve se posicionar contra a tomada de controle hostil que está sendo tentada por uma mafiosa de Silicon Valley, em conjunto com bancos predadores”, disse Freidman em um comunicado no mês passado.

Uma porta-voz da Uber se recusou a comentar.

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