Economia

Toyota avalia prorrogação do IPI como muito necessária

Vice-presidente da Toyota no Brasil disse esperar que governo mantenha e expanda diálogo com a indústria automobilística no segundo mandato da presidente Dilma


	Toyota: vice-presidente diz que setor automotivo deve ter desempenho um pouco melhor em 2015
 (Divulgação)

Toyota: vice-presidente diz que setor automotivo deve ter desempenho um pouco melhor em 2015 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h34.

São Paulo - A prorrogação da redução do IPI para o setor automotivo é algo "muito necessário" diante da situação atual do mercado automotivo, defendeu nesta terça-feira, 28, o vice-presidente executivo da Toyota no Brasil, Luiz Carlos Andrade Júnior.

Ele afirmou que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) está negociando com o governo federal a postergação do benefício, previsto para acabar em 31 de dezembro deste ano, mas não deu muitos detalhes.

Durante entrevista à imprensa no Salão do Automóvel, Andrade Júnior disse esperar que o governo federal mantenha e expanda o diálogo com a indústria automobilística no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, para que o setor possa passar por mudanças e se tornar mais competitivo.

Ele avaliou que o governo deve focar o investimento em infraestrutura e logística e a reforma tributária, a qual "queremos fazer a quatro mãos".

De acordo com ele, o setor automotivo em geral deve ter desempenho um pouco melhor em 2015, embora a participação da Toyota no mercado deva continuar a mesma, em torno de 6% nos dois anos.

A estimativa da empresa é de que o mercado termine 2015 com cerca de 3,5 milhões de unidades vendidas no país, 100 mil a mais do que a previsão para este ano.

Para 2016, ele pondera que uma possível recuperação do setor vai depender das mudanças a serem anunciadas por Dilma.

"Precisamos de investimentos externos, e isso só vai acontecer se os investidores tiverem confiança na economia", afirmou.

O vice-presidente executivo da Toyota disse ainda que os investimentos da marca no Brasil são "mutáveis" e feitos de acordo com o acompanhamento que a empresa faz em relação à demanda.

O dirigente disse, no entanto, não poder revelar números.

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