Dinheiro: para 2015, o Top 5 manteve suas contas e vê que a taxa básica de juros encerrará a 12 por cento no cenário de médio prazo (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 08h14.
São Paulo - O Banco Central deve acelerar o passo nesta semana e elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, segundo os economistas de instituições financeiras que mais acertam as projeções na pesquisa semanal Focus da própria autoridade monetária, divulgada nesta segunda-feira.
Para 2015, o Top 5 manteve suas contas e vê que a taxa básica de juros encerrará a 12 por cento no cenário de médio prazo. Para o cenário de curto prazo, no entanto, a projeção subiu a 12,25 por cento.
No levantamento da semana anterior, as estimativas eram de que a Selic encerraria 2014 e 2015 a 11,50 e 12 por cento, respectivamente, em ambos os cenários.
Já a mediana de todos os economistas consultados não mudou, com a Selic fechando este ano a 11,50 por cento e, o próximo, a 12 por cento ao ano.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga qual será a Selic para os próximos 45 dias. No encontro de outubro, logo após o segundo turno das eleições que reelegeu a presidente Dilma Rousseff, deu início ao um novo ciclo de aperto monetário, elevando a taxa em 0,25 ponto percentual, para o atual patamar de 11,25 por cento.
Mas, diante do sinais de que a inflação ainda continua elevada, muitos especialistas passaram a ver que o BC vai acelerar o passo agora. Pelo Focus, a projeção de alta do o IPCA foi mantida em 6,43 por cento neste ano, e elevada a 6,49 por cento em 2015, sobre 6,45 por cento antes. Em ambos os casos, os números estão muito próximos ao teto da meta --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Sobre a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Focus mostrou que houve ligeira redução neste ano a 0,19 por cento, sobre 0,20 por cento na semana anterior. Para 2015, a estimativa de expansão da economia foi a 0,77 por cento, ante 0,80 por cento.
Na última sexta-feira, foi divulgado que o PIB do Brasil cresceu apenas 0,1 por cento no terceiro trimestre, abaixo do esperado.
Os especialistas consultados pelo BC mantiveram as perspectivas para o dólar ao final do ano, para 2,55 reais. Para o final de 2015, a estimativa subiu, para 2,67 reais, ante 2,65 reais.