Economia

Tombini: BC pode agir mais no câmbio e contra inflação

Presidente do BC avisou que, se necessário, tomará mais medidas para garantir que inflação fique no centro da meta em 2012

Alexandre Tombini: prioridade é inflação no centro da meta em 2012 (Wilson Dias/ABr)

Alexandre Tombini: prioridade é inflação no centro da meta em 2012 (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 11h37.

São Paulo - O Banco Central segue vigilante em relação à inflação e ao câmbio e pode tomar mais medidas se for necessário, disse o presidente do BC, Alexandre Tombini, nesta terça-feira.

Segundo ele, a inflação está em trajetória declinante e que ficará mais evidente a trajetória de convergência da inflação para o centro da meta no quarto trimestre deste ano, e que o BC quer isso ocorra no ano que vem.

"O Banco Central permanece vigilante e não hesitará em adotar medidas, se necessário, para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2012", afirmou ele em evento em São Paulo. "O Brasil é um dos países mais ativos no combate à inflação." Tombini disse ainda que a economia brasileira está sólida, o que acaba atraindo mais investimentos e pressionando a moeda, e ressaltou que a questão da valorização do real passa ainda pela fraqueza geral do dólar norte-americano e também por especulação.

"Tudo isso (solidez da economia) torna nossa moeda, o real, um importante ativo, tanto para alocação de recursos, tanto para diversificação de risco... Torna o Brasil hoje um polo de atração de capital tanto para investimento de longo quanto para especulação de curto prazo", afirmou.

"O real sofre também com pressão de posições alavancadas", acrescentou ele, afirmando ainda que "precisamos continuar vigilantes" e adotando medidas sempre que necessário.

Sobre o cenário externo, Tombini afirmou que a economia global passa por um período "complexo" e que os Estados Unidos estão em um "processo sistemático de perda de dinamismo".

Esse cenário sugere um baixo crescimento da economia global nos próximos anos, acrescentou.

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