Economia

Tomate no atacado acumula alta de 333,09% em 1 ano

Entre janeiro e abril de 2013, o valor médio do item acumulou elevação também expressiva, de 127,81%.

No acumulado de 2013, o preço do tomate subiu 85,15% e, em 12 meses, 176,35% (Marcos Santos/USP Imagens)

No acumulado de 2013, o preço do tomate subiu 85,15% e, em 12 meses, 176,35% (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O preço médio do tomate no atacado acumulou alta de 333,09% no acumulado dos últimos 12 meses até abril, no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre janeiro e abril de 2013, o valor médio do item acumulou elevação também expressiva, de 127,81%.

Quem imaginava que os recentes protestos e piadas que chegaram à internet sobre o preço do tomate provocaria alguma mudança de comportamento do valor do produto certamente se surpreendeu com mais uma nova alta mensal no item. Em abril, também no âmbito do IGP-M, houve avanço de 18,72% no atacado ante variação positiva de 4,35% verificada em março.

Ao detalhar o IGP-M de abril, o economista da FGV André Braz citou alguns dos motivos para a resistência do tomate em níveis fortemente elevados.

De acordo com Braz, um dos fatores é que o inverno rigoroso de 2012 prejudicou o amadurecimento do fruto nas lavouras, puxando o preço para cima, numa época na qual se aguardava um comportamento diferente. "Parecia que o tomate estava numa geladeira, o que retardou o amadurecimento do fruto", disse.

Outros motivos listados foram a redução da área plantada e o aumento de custo com mão de obra e combustível para o frete. Para completar, houve uma demanda mais intensa em relação ao tomate. No varejo, pela pesquisa do IGP-M, o cenário também não foi dos mais animadores. Entre março e abril, a alta do item passou de 10,36% para 11,69%.

No acumulado de 2013, o preço do tomate subiu 85,15% e, em 12 meses, 176,35%. Segundo o economista da FGV, a expectativa para o comportamento do preço no atacado é de desaceleração da alta. Conforme Braz, a época atual costuma ser favorável para valores menos intensos do item e esse efeito também não deve demorar a chegar ao bolso do consumidor.

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