Economia

Toda regulação é interferência, diz ANP sobre nova regra para preços

Presidente afirmou que decisão de regular a periodicidade de reajuste dos preços da Petrobras partiu da própria agência e não do governo

Combustíveis: na opinião do presidente da ANP, a melhor alternativa seria não haver regulamentação sobre o tema (Ricardo Matsukwa/VEJA)

Combustíveis: na opinião do presidente da ANP, a melhor alternativa seria não haver regulamentação sobre o tema (Ricardo Matsukwa/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2018 às 15h24.

Rio - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, admitiu que a formulação de uma regulamentação do período de reajuste dos combustíveis é uma interferência. "Toda regulação é uma interferência" no mercado.

Em coletiva de imprensa para apresentar o resultado do 4º Leilão de Partilha da produção, no qual foram oferecidas áreas de pré-sal, Oddone aproveitou a oportunidade para reafirmar que, em sua opinião, a melhor alternativa seria não haver regulamentação sobre o tema. Mas, como há um monopólio de fato no refino, a agência reguladora se vê na responsabilidade de se manifestar.

Oddone afirmou também que a decisão de regular a periodicidade de reajuste dos preços da Petrobras partiu da própria agência, no último sábado, e não do governo.

"Liguei para o ministro e na segunda-feira fui até ele. Não houve em nenhum momento instrução ou ordem para que a ANP fizesse qualquer coisa. Nunca recebi instrução, pedido ou solicitação que interferisse nas ações regulatórias que nós tomamos. Agora, é uma situação particular a que vivemos no Brasil", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:PetrobrasPreçosCombustíveisANP

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado aumenta projeção do PIB em 2025, 2026 e 2027

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?