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TJLP será primeiro teste para Mantega

Reunião do Conselho Monetário Nacional que decidirá nova taxa, marcada para esta sexta-feira, será a primeria oportunidade de o ministro da Fazenda mostrar a que veio

O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega (--- [])
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

Recém-empossado como Ministro da Fazenda, Guido Mantega enfrentará nesta sexta-feira (31/03) o primeiro grande teste no cargo: a reunião do Conselho Monetário Nacional, na qual será decidido o valor para o segundo trimestre da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que corrige financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A TJLP está hoje em 9%. Inicialmente, o encontro estava previsto para quinta-feira, mas foi adiado.

O novo ministro já deu declarações de que o nível ideal da taxa seria de 7%, e afirmou, em entrevista realizada após a posse, nesta terça-feira (28/03), que o cenário atual dá condições para uma queda em 2006 - em 2005, a TJLP fechou o ano em 9,75%. Para a consultoria Tendências, no entanto, a redução a 7% seria uma exagero. "A julgar pela regra estabelecida para o cálculo dessa taxa, o espaço para novos recuos é reduzido, e a nossa expectativa é de que um corte de 0,5 ponto percentual seja mais condizente com a regra de cálculo", declarou em boletim econômico.

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A TJLP é calculada a partir da meta de inflação para os doze meses seguintes ao primeiro mês de vigência da taxa, com base nas metas anuais fixadas pelo CMN, e a partir de um prêmio de risco (soma de uma taxa de juro real internacional com um componente de risco Brasil em perspectivas de médio e longo prazo). "O patamar de 7% para a TJLP defendido pelo novo ministro da Fazenda, Guido Mantega é muito baixo se considerarmos os componentes da taxa", afirmou a Tendências.

Para a consultoria, a reunião do CMN será a primeira oportunidade de Mantega de mostrar quais as diretrizes que adotará na Fazenda. "O acompanhamento atento da decisão desta quinta-feira do CMN justifica-se porque este seria um primeiro sinal tanto da força política como da linha que será adotada pelo novo ministro da Fazenda". Além de Mantega, compõem o CMN o ministro do Planejamento e o presidente do Banco Central.

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