Economia

The Economist vê Temer com ideias melhores, mas faz alerta

Para a publicação, "as coisas podem facilmente dar errado" para o novo ocupante do Palácio do Planalto


	Dilma e Temer: o primeiro problema para a revista é a proximidade entre o PMDB e o escândalo de corrupção na Petrobras
 (Lula Marques/Agência PT)

Dilma e Temer: o primeiro problema para a revista é a proximidade entre o PMDB e o escândalo de corrupção na Petrobras (Lula Marques/Agência PT)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 16h36.

Londres - A revista britânica The Economist avalia que Michel Temer tem ideias melhores que Dilma Rousseff para a economia. Isso, porém, não quer dizer que o peemedebista será bem sucedido na Presidência da República.

Para a publicação, "as coisas podem facilmente dar errado" para o novo ocupante do Palácio do Planalto.

Na edição impressa que começa a ser distribuída nesta sexta-feira, a Economist publica uma reportagem sobre o presidente em exercício brasileiro e destaca positivamente a pauta econômica sugerida pelo PMDB.

Ainda que reclame pela falta de detalhes, a revista diz que o documento "Ponte para o Futuro" "defende uma série de medidas sensatas da privatização e livre comércio até as reformas do mais que generoso sistema de previdência pública, das leis trabalhistas esclerosadas e do sistema tributário bizantino" do Brasil.

"A julgar pelos ministros que o senhor Temer deve anunciar, ele pretende executar algumas dessas ideias", diz a revista, ao citar nomes como Henrique Meirelles, Eliseu Padilha e Romero Jucá, além da maior proximidade com o PSDB.

A revista cita que Temer pode avançar com reformas estruturais, cortar gastos públicos e, a despeito da recessão, aumentar a confiança, reduzir a inflação e permitir ao Banco Central começar a reduzir o juro.

Apesar do otimismo, a The Economist alerta que "as coisas podem facilmente dar errado". O primeiro problema é a proximidade entre o PMDB e o escândalo de corrupção na Petrobras.

"Seis dos congressistas do PMDB, incluindo o senhor Jucá, estão sob investigação", lembra a revista.

O segundo risco relatado pela Economist é que o novo presidente pode ter dificuldades em avançar com as reformas no Congresso. A revista cita que parlamentares são relutantes em votar a favor do corte de gastos e aumento de impostos.

Além disso, o presidente em exercício tem que correr porque a atenção dos parlamentares rapidamente mudará para a Olimpíada no Rio e as eleições municipais.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEmpresasPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresThe Economist

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto