Destruição: o terremoto afetou quase mil empresas agrícolas e criadoras de gado (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 09h55.
Roma - O setor agropecuário, ao lado do de turismo, é a base econômica dos municípios atingidos pelo devastador terremoto que sacodiu a Itália no último dia 24 e ficou gravemente afetado com 90% dos estábulos danificados, informou nesta segunda-feira a Coldiretti, maior associação de criadores de gado e agricultores do país.
De acordo com o grupo, a situação é desastrosa e 2.800 ovelhas e 3 mil vacas estão à intempérie após a destruição dos currais.
"Para sobreviver, os animais precisam de água potável e rações, mas também geradores de eletricidade para os frigoríficos e outras máquinas", declarou a Coldiretti em comunicado sobre a situação do setor.
O terremoto afetou quase mil empresas agrícolas e criadoras de gado, que estão com incontáveis problemas para a conservação do leite e para ordenhar as vacas, já que o fornecimento de energia ainda não foi restabelecido em muitas regiões.
Com isso, a Coldiretti pediu para que as autoridades pensem não só nas vítimas que ficaram sem casa, mas também nos agricultores e criadores que precisam continuar vivendo. A associação cifrou em milhões de euros os danos ao setor e insistiu na necessidade das ajudas como "recurso imprescindível para evitar o despovoamento e o abandono destes municípios".
O terremoto de 6,2 graus na escala Richter matou pelo menos 290 pessoas e arrasou povoados inteiros na província de Rieti, na região do Lácio, no centro da Itália.