Economia

Tempo mais seco e ameaçam áreas de cana do centro-sul

Segundo a Somar, temperaturas mais elevadas das últimas semanas já vem causando prejuízos em canaviais de São Paulo e Minas Gerais


	Colheita de cana: centro-sul está entrando na entressafra com as usinas paralisando atividades e se preparando para o novo ciclo, que começa em abril
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Colheita de cana: centro-sul está entrando na entressafra com as usinas paralisando atividades e se preparando para o novo ciclo, que começa em abril (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 15h13.

São Paulo - Tempo seco e temperaturas elevadas devem continuar afetando o desenvolvimento dos canaviais em algumas áreas produtoras do centro-sul nas próximas semanas, segundo relatório da Somar Meteorologia.

"Devido ao bloqueio atmosférico que está sobre a região central do Brasil, as frentes frias não conseguirão atingir as áreas produtoras de cana do Centro-oeste e Sudeste", disse a Somar nesta terça-feira.

Os próximos 10 dias deverão ser de tempo mais aberto, temperaturas altas e chuvas apenas na forma de pancadas isoladas, o que leva a uma situação de estresse hídrico para as plantas, apontou o serviço meteorológico em seu relatório.

O centro-sul, região que responde por 90 por cento da produção de cana do país, está entrando na entressafra com as usinas paralisando atividades e se preparando para o novo ciclo, que começa em abril.

Segundo a Somar, estas temperaturas mais elevadas das últimas semanas já vem causando prejuízos em canaviais de São Paulo e Minas Gerais.

"(Esta situação) Preocupa os produtores, já que há muitas lavouras em fase inicial de desenvolvimento e, dessa forma, esse estresse hídrico e térmico podem resultar numa redução no potencial produtivo das lavouras", disse a Somar.

Mas a Somar ponderou que, se ocorrerem perdas, elas não serão homogêneas no centro-sul, uma vez que a região vem registrando chuvas isoladas.

"Os canaviais mais afetados estão localizados no triângulo mineiro e região noroeste de São Paulo, onde os desvios negativos nos volumes totais de chuvas estão bem mais acentuados." A previsão da Somar indica que as chuvas só deverão retornar de forma mais generalizada, com maior frequência e volume, a partir da segunda quinzena de fevereiro.

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