Temor menor pode acelerar negócios na área de petróleo e gás
Aquisições deverão ganhar força com a estabilização dos preços do petróleo e do gás e com o abrandamento do temor em relação aos negócios ruins, segundo a E&Y
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2016 às 19h16.
As aquisições deverão ganhar força no setor de energia com a estabilização dos preços do petróleo e do gás e com o abrandamento do temor em relação aos negócios ruins, segundo a Ernst & Young .
As aquisições vão acelerar no quarto trimestre e a maioria dos negócios anunciados será finalizada no ano que vem, disse Andy Brogan, líder global de transações do setor de petróleo e gás da consultoria. Há cerca de 2.000 ativos de energia disponíveis globalmente e compradores e vendedores estão ganhando confiança em um momento em que as expectativas de preço do setor “se aglutinam”, disse ele.
O petróleo tem sido negociado em uma faixa entre US$ 42 e US$ 52 o barril desde o início de junho após quase dobrar em relação ao menor valor em 12 anos, registrado em fevereiro, em meio à especulação de redução do excedente global.
Até esta altura do ano, os negócios do setor de petróleo e gás superaram as fusões e aquisições do mesmo período de 2015 apenas na América do Norte, segundo dados compilados pela Bloomberg. O ano passado como um todo marcou o nível mais baixo desde 2004.
“Todos agora meio que se recompuseram para a nova curva à frente”, disse Brogan, por telefone, de Londres, na sexta-feira. “A forma como o mercado estava se movimentando destruiu a confiança das pessoas que entendiam o funcionamento do mercado. Agora as pessoas podem conversar a respeito do valor de um ativo com ambos os lados sabendo que não serão feitos de bobo ao fazerem negócio”.
Custos marginais
Cerca de 80 por cento dos ativos anunciados para venda são projetos upstream, segundo Brogan. As expectativas de preço para um período de até 15 anos poderão ajudar os compradores a analisarem o valor de um ativo com vida útil de 20 a 30 anos, disse ele.
Os preços internacionais do petróleo atualmente são estabelecidos pelo custo da produção marginal do xisto dos EUA, disse Brogan.
Devido ao investimento insuficiente em produção futura provocado pelos preços mais baixos, em dois ou três anos o mercado voltará ao ponto em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo produz o barril marginal, segundo Brogan.
“A esta altura a Opep está novamente em uma posição na qual, se agir com coerência, poderá reintroduzir a disciplina de preço”, disse Brogan.
Na semana passada, a Exxon Mobil fechou a aquisição da produtora de gás natural InterOil para adicionar descobertas em Papua-Nova Guiné ao seu portfólio. Como a faixa de potenciais pagamentos avalia o acordo em até US$ 3,6 bilhões, esta pode ser a maior aquisição da Exxon desde que comprou a produtora de xisto americana XTO Energy por US$ 35 bilhões, em 2010.
“Vimos uma série de processos serem iniciados no mês passado ou antes, o que indica, em primeiro lugar, uma confiança renovada entre os vendedores de que podem realmente iniciar um processo e concluí-lo”, disse Brogan. “Segundo, também estamos vendo um interesse renovado do lado dos compradores”.
As aquisições deverão ganhar força no setor de energia com a estabilização dos preços do petróleo e do gás e com o abrandamento do temor em relação aos negócios ruins, segundo a Ernst & Young .
As aquisições vão acelerar no quarto trimestre e a maioria dos negócios anunciados será finalizada no ano que vem, disse Andy Brogan, líder global de transações do setor de petróleo e gás da consultoria. Há cerca de 2.000 ativos de energia disponíveis globalmente e compradores e vendedores estão ganhando confiança em um momento em que as expectativas de preço do setor “se aglutinam”, disse ele.
O petróleo tem sido negociado em uma faixa entre US$ 42 e US$ 52 o barril desde o início de junho após quase dobrar em relação ao menor valor em 12 anos, registrado em fevereiro, em meio à especulação de redução do excedente global.
Até esta altura do ano, os negócios do setor de petróleo e gás superaram as fusões e aquisições do mesmo período de 2015 apenas na América do Norte, segundo dados compilados pela Bloomberg. O ano passado como um todo marcou o nível mais baixo desde 2004.
“Todos agora meio que se recompuseram para a nova curva à frente”, disse Brogan, por telefone, de Londres, na sexta-feira. “A forma como o mercado estava se movimentando destruiu a confiança das pessoas que entendiam o funcionamento do mercado. Agora as pessoas podem conversar a respeito do valor de um ativo com ambos os lados sabendo que não serão feitos de bobo ao fazerem negócio”.
Custos marginais
Cerca de 80 por cento dos ativos anunciados para venda são projetos upstream, segundo Brogan. As expectativas de preço para um período de até 15 anos poderão ajudar os compradores a analisarem o valor de um ativo com vida útil de 20 a 30 anos, disse ele.
Os preços internacionais do petróleo atualmente são estabelecidos pelo custo da produção marginal do xisto dos EUA, disse Brogan.
Devido ao investimento insuficiente em produção futura provocado pelos preços mais baixos, em dois ou três anos o mercado voltará ao ponto em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo produz o barril marginal, segundo Brogan.
“A esta altura a Opep está novamente em uma posição na qual, se agir com coerência, poderá reintroduzir a disciplina de preço”, disse Brogan.
Na semana passada, a Exxon Mobil fechou a aquisição da produtora de gás natural InterOil para adicionar descobertas em Papua-Nova Guiné ao seu portfólio. Como a faixa de potenciais pagamentos avalia o acordo em até US$ 3,6 bilhões, esta pode ser a maior aquisição da Exxon desde que comprou a produtora de xisto americana XTO Energy por US$ 35 bilhões, em 2010.
“Vimos uma série de processos serem iniciados no mês passado ou antes, o que indica, em primeiro lugar, uma confiança renovada entre os vendedores de que podem realmente iniciar um processo e concluí-lo”, disse Brogan. “Segundo, também estamos vendo um interesse renovado do lado dos compradores”.