Economia

Temer garante que inflação ficará abaixo da meta de 4,5%

O presidente deu uma série de indicadores econômicos, nesta quinta-feira (16), que apontam para a retomada da atividade econômica

Temer: o presidente reafirmou a expectativa de que os juros caiam, mas não fez qualquer outra menção ao tema (Adriano Machado/Reuters)

Temer: o presidente reafirmou a expectativa de que os juros caiam, mas não fez qualquer outra menção ao tema (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2017 às 18h10.

Brasília - O presidente Michel Temer voltou a ressaltar nesta quinta-feira, 16, uma série de indicadores econômicos que apontam para a retomada da atividade econômica.

Temer disse que os sinais indicam que o Brasil deve terminar o ano de 2017 com inflação abaixo do centro da meta de 4,5%.

"A inflação cai substancialmente este ano e eu posso garantir, pelas informações que tenho na área econômica, que ela estará abaixo do centro da meta, que é de 4,5%", disse Michel Temer em uma entrevista convocada pela presidência da República para anunciar dados mensais do mercado de trabalho. Normalmente, os dados são divulgados pela internet, sem qualquer anúncio ou entrevista coletiva.

Diante da perspectiva de que a inflação ficará abaixo do centro da meta em 2017, Temer reafirmou a expectativa de que os juros caiam, mas não fez qualquer outra menção ao tema.

Sobre a perspectiva futura da atividade, o presidente Temer lembrou ainda que os indicadores econômicos ainda não captam a injeção dos recursos liberados das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

"Ainda não tivemos o produto da aplicação dos valores que foram retirados das contas inativas do FGTS. A essa altura, penso que já somam mais de R$ 4,5 bilhões ou R$ 5 bilhões", disse, ao citar que serão cerca de R$ 40 bilhões liberados.

Rating

Temer comemorou também a mudança da perspectiva do rating brasileiro anunciada ontem pela agência de classificação de risco Moody's.

Ao destacar a queda do risco Brasil, Temer disse que é muito provável que o País atinja em breve pontuação comparável a dos países que têm grau de investimento.

"Os senhores sabem que no dia de ontem a agência Moody's alterou a percepção sobre a economia brasileira. Tirou do negativo para o estável", disse.

O presidente aproveitou para também comemorar a queda dos indicadores que medem o risco país no mercado financeiro. O indicador caiu de 570 pontos para o atual patamar de 300 pontos. "É uma queda substancial em pouquíssimo tempo", disse.

A melhora da percepção internacional também foi exemplificada pelo presidente da República pela conversa com os dirigentes globais do Citigroup que se reuniram com Temer ontem.

Segundo o presidente, os executivos do banco norte-americano "disseram que há seis meses não fariam a avaliação que estavam fazendo naquele momento".

"A avaliação era muito positiva especialmente pela retomada da confiança no País e pelas medidas que vêm sendo tomadas", disse.

Leilão dos aeroportos

O presidente comemorou também o resultado do leilão de concessão dos quatro aeroportos realizado nesta quinta-feira. O ágio superior a 20% pago nos terminais de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza é, segundo Temer, sinal de confiança na economia brasileira e esse otimismo deve pautar os passos do governo.

"Os quatro aeroportos foram licitados com grande sucesso", disse Temer, ao lembrar que há alguns dias analistas demonstravam preocupação com a chance de que os terminais poderiam sequer ter interessados.

O leilão, porém, teve disputa para a concessão dos terminais e os operadores estrangeiros pagaram ágio para ficar com os aeroportos.

Para o presidente, o ágio superior a 20% indica otimismo dos investidores. "É o otimismo que deve guiar os nossos passos, os passos do governo, os passos da economia brasileira, porque, mais do que nunca, verifico o grande interesse dos investidores estrangeiros no nosso País".

Acompanhe tudo sobre:InflaçãoMichel Temer

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega