Taxa de desemprego sobe para 7,9% em março, terceira alta consecutiva
O resultado representa um avanço de 0,5 ponto percentual, em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023. No entanto, essa taxa ainda está abaixo dos 8,8% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 30 de abril de 2024 às 09h04.
Última atualização em 29 de maio de 2024 às 08h55.
A taxa de desemprego subiu para 7,9% no trimestre encerrado em março de 2024. O resultado representa um avanço de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador.
Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014. O número absoluto de desocupados é de 8,6 milhões de pessoas. No entanto, a taxa ainda está abaixo dos 8,8% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 30, peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 7,8%.
“A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada”, expica Beringuy.
Rendimento do trabalho sobe 1,5%
Segundo o IBGE, o rendimetno médio das pessoas ocupadas chegou a R$ 3.123, com alta de 1,5% no trimestre e de 4% na comparação anual.
Entre os grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua, a comparação com o trimestre encerrado em dezembro de 2023 indica altas no rendimento de Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais R$ 122), Outros serviços (6,7%, ou mais R$ 158) e Serviços domésticos (2,1%, ou mais R$ 25), sem variações significativas nos demais grupamentos.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, houve altas no rendimento da Indústria (7,5%, ou mais R$ 215), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,9%, ou mais R$ 96), Transporte, armazenagem e correio (7,1%, ou mais R$ 198) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais R$ 152). Os outros grupamentos não mostraram variação significativa.
Apesar da alta do rendimento médio, na comparação trimestral, a massa de rendimentos dos trabalhadores, que é a soma dos rendimentos de toda a população ocupada no país, permaneceu estável ante o trimestre encerrado em dezembro de 2023. Adriana Beringuy lembra que a redução da população ocupada, no trimestre, concorreu para que a massa de rendimentos permanecesse sem alteração significativa, nessa mesma comparação.