Economia

Taxa de desemprego se iguala a mínima histórica em dezembro

Desemprego encerrou 2014 com taxa média de 4,8 por cento, a menor da série, contra uma taxa média de 5,4 por cento em 2013


	Pesquisa da Reuters apontava expectativa para a taxa de desemprego de 4,6 por cento em dezembro
 (.)

Pesquisa da Reuters apontava expectativa para a taxa de desemprego de 4,6 por cento em dezembro (.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 09h34.

Rio de Janeiro - O desemprego brasileiro caiu a 4,3 por cento em dezembro, ante 4,8 por cento em novembro, e igualou a mínima histórica registrada no mesmo mês de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Com isso, o desemprego encerrou 2014 com taxa média de 4,8 por cento, também a menor da série, contra uma taxa média de 5,4 por cento em 2013.

Pesquisa da Reuters apontava expectativa para a taxa de desemprego de 4,6 por cento em dezembro, segundo a mediana de 26 projeções, que foram de 3,85 a 5,20 por cento.

Embora a taxa de desemprego calculada pela PME permaneça em patamares historicamente baixos, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais de exaustão diante da fragilidade da economia, da inflação alta e dos juros elevados.

O país criou menos de 400 mil postos de trabalho com carteira assinada em 2014, segundo o Ministério do Trabalho, o pior desempenho em 12 anos, apontando para mais um ano fraco em 2015.

Inatividade

Sinal disso é que a população ocupada diminuiu 0,7 por cento em dezembro sobre novembro e recuou 0,5 por cento ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 23,224 milhões de pessoas.

A queda da taxa em dezembro decorre principalmente da redução na população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar mas à procura de uma oportunidade.

Esse contingente recuou 11,8 por cento na comparação mensal e caiu 0,9 por cento na base anual, atingindo 1,051 milhão de pessoas.

Historicamente, no fim de cada ano há uma redução na procura de trabalho, principalmente entre Natal e Ano Novo.

As pessoas que decidiram migrar do mercado de trabalho para a inatividade também exerceram forte influência. A população inativa aumentou em dezembro 2,2 por cento sobre novembro, e subiu 3,5 por cento sobre o ano anterior.

O IBGE informou ainda que, em dezembro, a renda média real caiu 1,8 por cento sobre novembro mas avançou 1,6 por cento sobre um ano antes, a 2.122,10 reais. Em 2014 como um todo, a média anual da renda subiu 2,7 por cento sobre 2013.

Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, prevista para substituir a PME, a taxa de desemprego ficou estável em 6,8 por cento no terceiro trimestre de 2014. Os números do último trimestre do ano passado serão publicados em 10 de fevereiro.

Para reverter o quadro econômico e também reconquistar a confiança de investidores, a nova equipe econômica vem anunciando medidas fiscais para reorganizar as contas públicas.

Texto atualizado às 10h23

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEstatísticasIBGEIndicadores econômicos

Mais de Economia

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal