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Desemprego no Brasil cai para 7,8% em agosto, menor taxa desde fevereiro de 2015

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Carteira se trabalho Carteira de Trabalho e Previdencia Social (FG Trade/Getty Images)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 29 de setembro de 2023 às 09h03.

Última atualização em 29 de setembro de 2023 às 09h59.

A taxa de desemprego ficou em7,8% no trimestre encerrado em agosto de 2023, uma queda de 0,5 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023 (8,3%).É a menor taxa desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%. Na comparação com o mesmo período de 2022, a taxa caiu 1,1 p.p.

Com o resultado do trimestre, 8,4 milhões de pessoas estão desempregadas, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões. O número apresenta um recuo de 5,9% na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023. Na confronto anual, a queda é ainda maior: 13,2%, ou menos 1,3 milhão de pessoas desocupadas.

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Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 29, peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desemprego no Brasil em agosto de 2023

  • A taxa de desemprego no Brasil ficou em7,8% no trimestre dejunho a agosto de 2023

Por que o desempregou caiu em agosto?

Segundo acoordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy, o aumento da população ocupada influenciou pela queda no desemprego. A população ocupada chegou a 99,7 milhões, um crescimento de 1,3%, ou 1,3 milhão de pessoas, na comparação com o trimestre anterior. “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, explica a pesquisadora.

Em comparação com o trimestre encerrado em maio, três grupos tiveram alta no nível de pessoas ocupadas. Serviços domésticos teve alta de2,9%, mais de 164 mil pessoas ocupadas. Em seguida, o grupo de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com alta de 2,4%, ou mais 422 mil pessoas, principalmente na área da Saúde e da Educação pública. As atividades de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas registraram expansão de 2,3% (mais 275 mil pessoas) ocupadas."No geral, houve resultado positivo também porque nenhum outro grupo registrou perda estatística de trabalhadores. Mas esses três grupamentos, em especial, contribuíram no processo de absorção de trabalhadores”, afirma Beringuy.

Número de pessoas com carteira assinada é maior desde 2015

A PNAD mostra que o trimestre encerrado em agosto teve aumento na quantidadede trabalhadores tanto no segmento formal quanto no informal.O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado foi de 37,248 milhões, o maior contingente desde fevereiro de 2015. Onúmero de empregados sem carteira no setor privado cresceu, passando para 13,2 milhões, aumento de 2,1% no trimestre (mais 266 mil pessoas), com estabilidade na comparação anual.

O que a pesquisa de desemprego no Brasil mostrou em agosto

  • Taxa de desocupação: 7,8%
  • População desocupada: 8,4 milhões de pessoas
  • População ocupada: 99,7 milhões
  • Nível de ocupação: 57%
  • População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
  • População desalentada: 3,6 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,28 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,2 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%
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