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Taxa de desemprego cai para 8,3% em maio, a menor para o período desde 2015

Isso significa que 8,9 milhões de pessoas estão desempregadas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho

Desemprego: Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) (Amanda Perobelli/Reuters)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 30 de junho de 2023 às 09h10.

Última atualização em 30 de junho de 2023 às 09h31.

A taxa de desemprego ficou em 8,3% no trimestre encerrado em maio de 2023. Isso significa que 8,9 milhões de pessoas estão desempregadas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho, uma queda de 3% em relação ao trimestre anterior e -15,9% se comparado ao mesmo período de 2022.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 30, pelo IBGE.

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Os dados apresentam um recuo de 0,3% em relação aotrimestre encerrado em fevereiro de 2023 e queda de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. É a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015, quando ficou em 8,3%.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pnad.

Em maio,o número de pessoas ocupadas foi de 98,4 milhões e mostrou estabilidadena comparação trimestral e cresceu 0,9% no ano.O número de empregados sem carteira assinada no setor privado manteve-se estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, ficando em 12,9 milhões de pessoas. O contingente de trabalhadores com carteira foi de 36,8 milhões, estável no trimestre, mas com aumento de 3,5%, mais 1,83 milhão de pessoas, no ano.

Queda no número de desalentados

A taxa de população desalentada --– pessoas que desistiram de procurar emprego porque não tem esperanças de que irão encontrar -- caiu 6,2% em relação ao trimestre anterior e ficou em 3,7 milhões de pessoas. Na comparação anual, a taxa é de 14,3%.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas.

Segundo Beringuy, “a crescente parcela da população em idade de trabalhar indo para fora da força de trabalho não sinaliza expansão do contingente de desalentados, uma vez que esse grupo vem registrando queda desde 2021.”

Taxa de informalidade e renda média real

O número de trabalhadores por conta própria, de 25,2 milhões, ficou estável e a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior também havia sido de 38,9% e, no mesmo trimestre de 2022, 40,1%.

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