Economia

Taiwan buscará apoio dos EUA para investimentos e livre-comércio

Em Taiwan, teme-se que a deterioração das relações com a China intensifique o cerco internacional de Pequim à ilha

Taiwan: ilha quer negociar acordos de livre-comércio bilaterais e multilaterais (MN Chan/Getty Images)

Taiwan: ilha quer negociar acordos de livre-comércio bilaterais e multilaterais (MN Chan/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 09h59.

Taipé - Taiwan buscará o apoio dos Estados Unidos para a assinatura de acordos investimento e livre-comércio bilaterais e multilaterais, disse nesta segunda-feira a presidente taiuanesa, Tsai Ing-wen, a um alto funcionário americano.

Perante as incertas perspectivas do Acordo Transpacífico (TPP), Taiwan quer negociar acordos de livre-comércio bilaterais e multilaterais, disse Tsai ao subsecretário adjunto dos EUA para a Austrália, Nova Zelândia e as Ilhas do Pacífico, Matthew J. Matthews, informa em comunicado o escritório presidencial.

A presidente de Taiwan explicou que seu governo impulsionará as reformas necessárias para se preparar para negociar acordos comerciais e seguirá mantendo conversas comerciais multilaterais e bilaterais com seus parceiros comerciais mais importantes.

Tsai agradeceu aos EUA seu apoio internacional e acrescentou que a ilha não deveria ficar excluída de nenhum acordo regional de livre-comércio na Ásia-Pacífico e nem da integração econômica inter-regional.

Em Taiwan, teme-se que a deterioração das relações com a China intensifique o cerco internacional de Pequim à ilha e prejudique suas possibilidades de assinar acordos de livre-comércio e de ingressar em mecanismos regionais.

Até o momento, a China aceitou que a ilha firme acordos de livre-comércio com Cingapura e Nova Zelândia.

Taiwan tinha expressado seu interesse em ingressar no TTP e a previsível retirada dos EUA do projeto, como insinuou o presidente eleito, Donald Trump, representa um golpe em suas tentativas de evitar a marginalização comercial.

Embora a ilha também queira ingressar na futura Associação Econômica Integral Regional (RCEP, por sua sigla em inglês), não poderá fazer sem o consentimento chinês, já que Pequim desempenha um papel de liderança nesse grupo, que aglutina 50% da população mundial e 24% do Produto Nacional Bruto mundial.

A RCEP é formada por China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Laos, Mianmar e Camboja.

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