Economia

Superávit;de balanço de pagamentos é de US$ 2 bilhões em janeiro

Reservas atingem o patamar de US$ 54 bilhões com compras líquidas do Banco Central no valor de US$ 2,6 bilhões

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

O Brasil atingiu um superávit no balanço de pagamentos de 2 bilhões de dólares em janeiro. As transações correntes apresentaram saldo positivo de 818 milhões de dólares e a conta financeira, 1,2 bilhão. "Os números são muito bons, melhores do que se esperava", diz economista da LCA Consultores, Carlos Urso.

O economista destaca o saldo positivo da balança comercial, de 2,2 bilhões de dólares. O resultado da balança intriga o mercado porque ocorre paralelamente a uma contínua apreciação do real frente ao dólar. "O saldo comercial de janeiro foi uma surpresa e ainda segue forte em fevereiro", afirma Urso. O ingresso líquido de investimentos estrangeiros diretos (IED), de 1,2 bilhão, registra crescimento de 22,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Para o economista, há um sinal amarelo em relação aos gastos com serviços. As despesas com aluguel de equipamentos, por exemplo, foram de 256 milhões de dólares, uma alta de 78,5% frente a janeiro do ano passado. As despesas referentes à computação (129 milhões) e as relativas a royalties e licenças (109 milhões) também avançaram. "É um reflexo da atividade mais forte e do câmbio já dando força a essas despesas", diz Urso.

As reservas internacionais no conceito de liquidez (que inclui os recursos que o acordo com o Fundo Monetário Internacional torna disponíveis ao Brasil), cresceram 1,1 bilhão de dólares de dezembro para janeiro, somando 54 bilhões. Neste período, o BC realizou compras de 2,6 bilhões de dólares no mercado doméstico de câmbio, em um movimento interpretado como tentativa de impedir uma queda acentuada do dólar que prejudique demais a receita dos exportadores. "Olhando para as reservas sem FMI, na casa dos 27 bilhões, as compras do BC são bastante significativas", afirma o economista. "Se elas não conseguem melhorar a cotação do dólar, são ao menos a melhor forma de se precaver contra alterações bruscas de liquidez mundial."

A dívida externa total, estimada para novembro de 2004, totalizou 204 bilhões de dólares. As remessas líquidas de renda para o exterior somaram 1,4 bilhão de dólares.

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