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Standard & Poor's mantém classificação do Brasil apesar da crise

Para que país melhore sua classificação, a agência cobra diminuição da carga fiscal e mais qualidade nos gastos públicos

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

As denúncias de corrupção e a crise política resultante não foram suficientes para que a Standard & Poor's (S&P) alterasse seus ratings de crédito soberano de longo prazo atribuídos ao Brasil. Em comunicado, a agência afirma que a classificação atual "continua refletindo a melhora nos fundamentos fiscais e externos do país".

Mas, para que o Brasil melhore sua classificação de risco, a agência cobra diminuição da carga fiscal e da divida líquida, a redução da participação de títulos indexados à Selic no total da dívida e o aprimoramento da qualidade das despesas do governo, com maior flexibilidade de gastos.

O Brasil recebeu em 17 de setembro de 2004 a nota "BB-" para créditos em moeda estrangeira, com perspectiva "estável". A nota para moeda local é "BB". Segundo a agência, "tanto os ratings quanto a perspectiva estável baseiam-se no corrente compromisso do atual governo com políticas prudentes".

A S&P elogia que as investigações de esquemas de corrupção ocorram em um ambiente democrático forte, com equilíbrio entre parlamento, judiciário e imprensa, o que realça "o vigor da estrutura institucional do Brasil".

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