SP perderá frigoríficos se não rever sistema tributário
O principal fator que interfere na permanência da indústria em São Paulo é a definição da alíquota de créditos de ICMS do governo paulista
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 15h35.
São Paulo - O presidente da holding J&F e do conselho de administração da JBS , Joesley Batista, disse hoje que, se o governo de São Paulo não revir o sistema tributário, o Estado perderá mais unidades frigoríficas tanto da empresa quanto de seus concorrentes. "Há 15 anos, especificamente no governo Covas, o Estado criou condições tributárias favoráveis para deixar a indústria de carne crescer e cidades como Barretos, Andradina, Presidente Epitácio foram ressuscitadas", disse o executivo. "Mas, com essa atual política tributária, já fechamos três unidades no Estado, inclusive a de Presidente Epitácio", afirmou o executivo.
"Desde 2005, o Estado vem desincentivando a indústria", criticou Batista, ressaltando que, se o governo não "reagir", mais plantas frigoríficas poderão ser fechadas. "Não só minhas, mas as dos nossos concorrentes também. A questão é uma guerra fiscal, mas em vez de ser entre Estados, a indústria que é punida", disse.
A JBS, inclusive, tem a maior unidade industrial da companhia e do mundo no Estado, que é a de Lins, no interior de São Paulo, ex-Bertin, que conta com mais de 8 mil funcionários. "Parece que São Paulo não quer mais frigoríficos. Nunca recebi um telefonema do governador para conversarmos sobre o assunto", ressaltou, informando que o Estado representa de 3% a 4% do negócio global da companhia.
O principal fator que interfere na permanência da indústria em São Paulo é a definição da alíquota de créditos de ICMS do governo paulista pelo valor do produto vindo de outros Estados. Atualmente, a devolução é de 3% e o governo de São Paulo já propôs ampliar esse porcentual para uma faixa entre 4% e 6%. "Era 19% e o Estado já 'comeu' 13% disso e ainda quer tirar mais 2%. Não dá para ficar desse jeito", disse Batista, que declarou que nem incentivo à exportação a indústria de carnes tem mais.
O executivo aproveitou para reafirmar que os ativos da BRF Brasil Foods que estão à venda não são interessantes para a JBS. "Não estamos olhando para eles", disse. Já sobre uma eventual fusão com Marfrig e Minerva, ou mesmo a compra da Marfrig, o executivo declarou que são "somente rumores".
São Paulo - O presidente da holding J&F e do conselho de administração da JBS , Joesley Batista, disse hoje que, se o governo de São Paulo não revir o sistema tributário, o Estado perderá mais unidades frigoríficas tanto da empresa quanto de seus concorrentes. "Há 15 anos, especificamente no governo Covas, o Estado criou condições tributárias favoráveis para deixar a indústria de carne crescer e cidades como Barretos, Andradina, Presidente Epitácio foram ressuscitadas", disse o executivo. "Mas, com essa atual política tributária, já fechamos três unidades no Estado, inclusive a de Presidente Epitácio", afirmou o executivo.
"Desde 2005, o Estado vem desincentivando a indústria", criticou Batista, ressaltando que, se o governo não "reagir", mais plantas frigoríficas poderão ser fechadas. "Não só minhas, mas as dos nossos concorrentes também. A questão é uma guerra fiscal, mas em vez de ser entre Estados, a indústria que é punida", disse.
A JBS, inclusive, tem a maior unidade industrial da companhia e do mundo no Estado, que é a de Lins, no interior de São Paulo, ex-Bertin, que conta com mais de 8 mil funcionários. "Parece que São Paulo não quer mais frigoríficos. Nunca recebi um telefonema do governador para conversarmos sobre o assunto", ressaltou, informando que o Estado representa de 3% a 4% do negócio global da companhia.
O principal fator que interfere na permanência da indústria em São Paulo é a definição da alíquota de créditos de ICMS do governo paulista pelo valor do produto vindo de outros Estados. Atualmente, a devolução é de 3% e o governo de São Paulo já propôs ampliar esse porcentual para uma faixa entre 4% e 6%. "Era 19% e o Estado já 'comeu' 13% disso e ainda quer tirar mais 2%. Não dá para ficar desse jeito", disse Batista, que declarou que nem incentivo à exportação a indústria de carnes tem mais.
O executivo aproveitou para reafirmar que os ativos da BRF Brasil Foods que estão à venda não são interessantes para a JBS. "Não estamos olhando para eles", disse. Já sobre uma eventual fusão com Marfrig e Minerva, ou mesmo a compra da Marfrig, o executivo declarou que são "somente rumores".