Economia

SP deve ter Orçamento de 2017 discutido a partir de hoje

A proposta enviada pelo governo estadual à assembleia estima as despesas para o próximo ano em R$ 206 bilhões

São Paulo: os cortes de gastos foram justificados pelo governador Geraldo Alckmin (dabldy/Thinkstock)

São Paulo: os cortes de gastos foram justificados pelo governador Geraldo Alckmin (dabldy/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 12h41.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 11h21.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) deve começar a discutir no fim da tarde de hoje (20) a proposta de Orçamento para 2017.

Relatado pelo deputado João Caramez (PSDB), o texto foi aprovado pela Comissão de Finanças da Casa na semana passada e agora será apreciado em plenário.

A proposta enviada pelo governo estadual à assembleia estima as despesas para o próximo ano em R$ 206 bilhões, menos do que o Orçamento de 2016, que ficou em R$ 206,9 bilhões.

Os cortes de gastos foram justificados pelo governador Geraldo Alckmin, ao enviar o texto à Alesp, como consequências dos efeitos da crise econômica sobre o estado.

"Os efeitos da crise econômica sem precedentes a que foi levada a economia brasileira, resultante da combinação do descuido orçamentário e de erros na condução da política macroeconômica, deprimem os investimentos, comprometem o crescimento e a geração de empregos e seguem afetando o nível da atividade econômica paulista e, por conseguinte, as condições esperadas para o recolhimento das rendas próprias do Estado", diz a mensagem enviada aos deputados.

As estimativas consideram a previsão de receitas de R$ 128,8 bilhões, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e de R$ 14,8 bilhões, do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). É projetada ainda uma inflação de 5,14% e um Produto Interno Bruto estadual com crescimento de 1,3%.

Entre as pastas que sofreram cortes está a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, responsável pela manutenção das instituições de ensino superior estaduais.

A dotação para a área foi reduzida em 4,98% para 2017, em comparação com o previsto no Orçamento de 2016.

Na Secretaria dos Transportes Metropolitanos o corte foi ainda maior, chegando a 9,5%. Apesar da diminuição dos recursos para a pasta, o governo estadual diz que mantém a programação de ampliação do sistema de metrôs e trens metropolitanos.

Para a educação, entretanto, houve aumento de 6,12% na dotação prevista para o próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São PauloGeraldo AlckminGestão públicaOrçamento federalsao-paulo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor