Acompanhe:

Socorro a companhias elétricas e aéreas pode sair esta semana

Valores deverão ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, no caso do setor elétrico, e de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões, no aéreo, disseram fontes

Modo escuro

Continua após a publicidade
Avião: valores e implementação dependerão do "aceite" das companhias que quiserem recorrer à ajuda (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Avião: valores e implementação dependerão do "aceite" das companhias que quiserem recorrer à ajuda (Kai Pfaffenbach/Reuters)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2020 às, 10h43.

Última atualização em 11 de maio de 2020 às, 10h46.

Os pacotes de socorro às distribuidoras de energia elétrica e às companhias aéreas, desenhados por um consórcio de bancos coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que trabalha para apoiar os setores mais afetados pela pandemia de covid-19, deverão chegar a uma definição nesta semana, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os valores do socorro deverão ficar entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões, no caso do setor elétrico, e de R$ 4 bilhões a R$ 7 bilhões, no aéreo, disseram fontes que acompanham as negociações. O apoio à fabricante de aviões Embraer corre em paralelo e não estará nessa primeira ajuda.

A definição dos primeiros pacotes de socorro setorial em meio à crise se dará nas condições a serem oferecidas às empresas. Valores e implementação dependerão do "aceite" das companhias que quiserem recorrer à ajuda, informaram as fontes.

No caso das companhias aéreas, deve ser divulgado um ofício com as condições estabelecidas ao longo da próxima semana e a ajuda inclui o mercado de capitais. As empresas apoiadas farão emissões de títulos de dívida, tanto debêntures tradicionais quanto bônus conversíveis em ações. A ideia é que o BNDES e os bancos privados garantam a compra de até 70% dos títulos das ofertas, e os 30% restantes fiquem com investidores privados.

Uma fonte do setor financeiro explica que o BNDES deve ficar com 60% e as instituições privadas, com 10%. Segundo outra fonte, o objetivo do banco de fomento é atrair outros investidores para além de 30% das ofertas, permitindo uma redução na sua participação. Entre os investidores, estariam bancos estrangeiros e médios. "Ainda está em debate com outros bancos para definir exatamente a participação das instituições financeiras", diz o vice-presidente de um grande banco, na condição de anonimato.

A composição da ajuda ao setor aéreo, um dos mais afetados pela pandemia, ficaria assim: 75% em debêntures e 25% em bônus conversíveis em ações. O valor de conversão dos bônus em ações tem sido um dos pontos de controvérsia entre o BNDES e as companhias aéreas desde o início das conversas, ainda em março.

O copresidente do conselho do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que as empresas que quiserem ser capitalizadas na crise terão de aceitar as condições impostas. "A diluição dos acionistas é óbvia e tem de ser aceita. Se as empresas se abrirem para isso, eu acho que vamos ver capitalizações", disse ele, em live do banco, realizada na semana passada.

Conta de luz

No caso das elétricas, o modelo a ser adotado é o do financiamento sindicalizado feito em 2015, também com o BNDES na coordenação. Os empréstimos seriam garantidos de forma embutida na conta de luz, por meio do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo federal ainda quer dividir o que seria pago pelas distribuidoras e o que seria repassado aos consumidores.

Com o avanço das conversas, a expectativa é que o entendimento das condições do empréstimo e ainda o decreto que regulamenta o socorro ao setor elétrico sejam publicados ao longo da próxima semana. A definição do pacote de socorro para as elétricas depende também de negociações com o Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo uma fonte, as negociações pretendem "diminuir ao máximo impacto de juros sobre a conta de luz". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas Notícias

Ver mais
Eletrobras arremata quatro lotes e fundo do BTG leva maior lote em leilão de transmissão
Economia

Eletrobras arremata quatro lotes e fundo do BTG leva maior lote em leilão de transmissão

Há 5 horas

Rua Paim, no centro de SP, volta a sofrer com falta de luz; moradores fazem panelaço
Brasil

Rua Paim, no centro de SP, volta a sofrer com falta de luz; moradores fazem panelaço

Há 7 horas

32% dos brasileiros têm direito ao desconto na energia elétrica, mas não usam
ESG

32% dos brasileiros têm direito ao desconto na energia elétrica, mas não usam

Há um dia

Negociações na OMS sobre acordo para futuras pandemias ainda enfrentam obstáculos
Mundo

Negociações na OMS sobre acordo para futuras pandemias ainda enfrentam obstáculos

Há 3 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais