Economia

Só uma moeda importante ficou mais forte em relação ao dólar

Enquanto euro, real e rublo perdem valor para a moeda americana, outra moeda faz uma curva de valorização: a chinesa

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

Dólar (Gary Cameron/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 11h57.

São Paulo - O dólar subiu mais de 1% nesta sexta-feira, fechando acima dos 3,40 reais pela primeira vez em mais de 12 anos.

A alta reflete a incerteza com a economia brasileira diante de revisão da meta fiscal, turbulências políticas e a possível perda do grau de investimento.

Mas o dólar está forte no mundo inteiro, graças à força relativa da economia americana e a perspectiva de uma alta dos juros ainda este ano.

Em relação ao euro, a cotação subiu 22% só nos últimos 12 meses - o que é uma dádiva para um bloco que sofre com a demanda interna e depende de exportações para crescer.

O rublo da Rússia, que passou anos na faixa dos 30 por dólar, hoje flutua perto dos 60, situação parecida com a da Turquia. Mas há uma exceção: o yuan chinês. 

O momento mais baixo foi em janeiro de 2014, e seu valor se recuperou um pouco desde então, mas a tendência de longo prazo é clara - e bem diferente das outras grandes moedas.

Já faz tempo que analistas acusam o governo chinês de manter o valor de sua moeda artificialmente baixo para estimular exportações.

Um dólar forte não é necessariamente bom para os Estados Unidos. No primeiro trimestre, suas importações cresceram 7,1% e suas exportações caíram 5,9%. 

De acordo com o New York Federal Reserve, uma alta de 10% no dólar come o equivalente a 0,5% do PIB do país.

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