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Sinais certos podem devolver investimentos, diz JPMorgan

Segundo José Berenguer, retomada do ciclo de investimentos pode acontecer rapidamente se sinais apropriados forem dados pelo governo federal

Dilma Rousseff: para o JPMorgan, presidente precisa dar sinais na direção certa para retomar os investimentos (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 18h09.

São Paulo - A retomada do ciclo de investimentos privados no Brasil, incluindo na infraestrutura, pode acontecer rapidamente nos próximos meses, se sinais apropriados forem dados pelo governo federal após as incertezas ligadas à eleição presidencial, disse o diretor-presidente do JPMorgan no Brasil, José Berenguer.

Vários projetos, incluindo construção de estradas e portos, e projetos agrícolas e no setor de serviços estão prontos para serem desengavetados, disse Berenguer em entrevista à Reuters.

Os desafios para a presidente Dilma Rousseff, reeleita na semana passada para outro mandato de quatro anos, estão se acumulando e incluem aumentar o controle dos gastos públicos e reativar a economia , disse o executivo. Mas mesmo que ela não faça os ajustes necessários da forma rápida que o mercado espera, diz Berenguer, o país vai avançar.

"Está todo mundo tão pessimista que acho que as mudanças certas podem provocar uma mudança muito rápida das expectativas", disse. "Se tivermos um cenário minimamente construtivo, poderemos entrar num ciclo virtuoso."

O mercado mostrou forte volatilidade nos meses anteriores à eleição da semana passada, em parte devido à crescente incerteza política. As ofertas iniciais de ações estão tendo o pior ano em mais de uma década, enquanto o número de fusões e aquisições de negócios caiu cerca de 15 por cento em relação ao ano passado.

Para o executivo do JPMorgan, a tendência agora é de que haja uma reabertura do mercado de capitais e ele já percebeu essa disposição em conversas com os interlocutores do mercado, que ainda estão subalocados em Brasil, esperando justamente que as incertezas políticas se dissipem.

Após uma reação inicial mais negativa, o Ibovespa tomou fôlego nos dias seguintes à eleição e fechou a última sexta-feira com forte alta de 4,38 por cento, zerando as perdas do mês e voltando ao azul no acumulado do ano.

Isso ocorreu após o Banco Central na quarta-feira ter se antecipado para ancorar as expectativas de inflação, elevando a taxa básica de juros Selic pela primeira vez em seis meses, de 11 para 11,25 por cento ao ano.

A alta dos juros ocorreu num momento em que integrantes do mercado discutem se Dilma está disposta a reverter algumas das políticas de seu primeiro mandato, adotando medidas econômicas mais ortodoxas para restaurar a confiança e alavancar o crescimento econômico do país.

Segundo Berenguer, o Brasil segue exibindo vantagens comparativas em relação a outros mercados emergentes de grande porte, por ter um ambiente de negócios e governança corporativa mais alinhada com os países do Ocidente.

O executivo afirmou que JPMorgan está "pronto para operar sob qualquer cenário de negócios" no Brasil. O banco é o 14o maior do país, com 28 bilhões de reais em ativos, segundo dados do Banco Central do Brasil.

Para Berenguer, os bancos norte-americanos vão gradualmente ganhar participação de mercado no Brasil, devido à estratégia de ampliar o relacionamento com os clientes e à postura de mais longo prazo do que outros bancos globais, disse.

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São Paulo - A retomada do ciclo de investimentos privados no Brasil, incluindo na infraestrutura, pode acontecer rapidamente nos próximos meses, se sinais apropriados forem dados pelo governo federal após as incertezas ligadas à eleição presidencial, disse o diretor-presidente do JPMorgan no Brasil, José Berenguer.

Vários projetos, incluindo construção de estradas e portos, e projetos agrícolas e no setor de serviços estão prontos para serem desengavetados, disse Berenguer em entrevista à Reuters.

Os desafios para a presidente Dilma Rousseff, reeleita na semana passada para outro mandato de quatro anos, estão se acumulando e incluem aumentar o controle dos gastos públicos e reativar a economia , disse o executivo. Mas mesmo que ela não faça os ajustes necessários da forma rápida que o mercado espera, diz Berenguer, o país vai avançar.

"Está todo mundo tão pessimista que acho que as mudanças certas podem provocar uma mudança muito rápida das expectativas", disse. "Se tivermos um cenário minimamente construtivo, poderemos entrar num ciclo virtuoso."

O mercado mostrou forte volatilidade nos meses anteriores à eleição da semana passada, em parte devido à crescente incerteza política. As ofertas iniciais de ações estão tendo o pior ano em mais de uma década, enquanto o número de fusões e aquisições de negócios caiu cerca de 15 por cento em relação ao ano passado.

Para o executivo do JPMorgan, a tendência agora é de que haja uma reabertura do mercado de capitais e ele já percebeu essa disposição em conversas com os interlocutores do mercado, que ainda estão subalocados em Brasil, esperando justamente que as incertezas políticas se dissipem.

Após uma reação inicial mais negativa, o Ibovespa tomou fôlego nos dias seguintes à eleição e fechou a última sexta-feira com forte alta de 4,38 por cento, zerando as perdas do mês e voltando ao azul no acumulado do ano.

Isso ocorreu após o Banco Central na quarta-feira ter se antecipado para ancorar as expectativas de inflação, elevando a taxa básica de juros Selic pela primeira vez em seis meses, de 11 para 11,25 por cento ao ano.

A alta dos juros ocorreu num momento em que integrantes do mercado discutem se Dilma está disposta a reverter algumas das políticas de seu primeiro mandato, adotando medidas econômicas mais ortodoxas para restaurar a confiança e alavancar o crescimento econômico do país.

Segundo Berenguer, o Brasil segue exibindo vantagens comparativas em relação a outros mercados emergentes de grande porte, por ter um ambiente de negócios e governança corporativa mais alinhada com os países do Ocidente.

O executivo afirmou que JPMorgan está "pronto para operar sob qualquer cenário de negócios" no Brasil. O banco é o 14o maior do país, com 28 bilhões de reais em ativos, segundo dados do Banco Central do Brasil.

Para Berenguer, os bancos norte-americanos vão gradualmente ganhar participação de mercado no Brasil, devido à estratégia de ampliar o relacionamento com os clientes e à postura de mais longo prazo do que outros bancos globais, disse.

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