Economia

Seul adia assinatura de polêmico acordo militar com Tóquio

O futuro acordo é destinado a facilitar a troca bilateral de inteligência militar sobre a Coreia do Norte

O acordo gerou controvérsia na Coreia do Sul por se tratar do primeiro pacto em matéria de defesa com o Japão, que colonizou a península coreana de 1910 a 1945 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

O acordo gerou controvérsia na Coreia do Sul por se tratar do primeiro pacto em matéria de defesa com o Japão, que colonizou a península coreana de 1910 a 1945 (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 09h00.

Seul - O Governo da Coreia do Sul adiou nesta sexta-feira, no último momento, a assinatura de um acordo para troca de inteligência militar com o Japão, perante as reservas da opinião pública sul-coreana, confirmou à Agência Efe uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país.

Representantes da Coreia do Sul e do Japão deveriam ratificar hoje o acordo em Tóquio, mas, apenas meia hora antes da cerimônia, Seul comunicou sua decisão de adiar a assinatura 'após manter consultas com a Assembleia Nacional (Parlamento)', assegurou a porta-voz.

A Coreia do Sul optou por adiar a ratificação do acordo 'por consideração à opinião pública' do país, que, segundo a fonte, 'reivindica mais transparência no procedimento'.

O futuro acordo, destinado a facilitar a troca bilateral de inteligência militar sobre a Coreia do Norte, gerou controvérsia na Coreia do Sul por se tratar do primeiro pacto em matéria de defesa com o Japão, que exerceu um domínio colonial sobre a península coreana entre 1910 e 1945.

Membros de 48 associações cidadãs da Coreia do Sul se manifestaram ontem para pedir ao Governo que não ratificasse o pacto, depois de Seul ter dado na terça-feira seu sinal verde à assinatura sem consultar o Parlamento.

Por outro lado, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores japonês lamentou o adiamento, mas insistiu que Tóquio 'quer seguir adiante' com a ratificação.

Coreia do Sul e Japão negociavam desde janeiro a assinatura desse acordo e de outro de apoio logístico mútuo em manobras militares conjuntas, embora os procedimentos tenham atrasado devido à disputa territorial pelas ilhas Dokdo (Takeshima, no Japão) e às reservas quanto ao domínio colonial japonês. 

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