Economia

Setor público precisou de R$ 150 bilhões de financiamento em 2009

Dados divulgados pelo IBGE mostram que o governo precisou captar R$ 60 bilhões no mercado de capitais

A necessidade de financiamento do setor público em 2009 foi de R$ 149,3 bilhões (Marcelo Calenda/EXAME.com)

A necessidade de financiamento do setor público em 2009 foi de R$ 149,3 bilhões (Marcelo Calenda/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 13h43.

Rio de Janeiro – A necessidade de financiamento do setor público brasileiro em 2009 somou R$ 149,3 bilhões, segundo dados divulgados hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram que houve déficit nominal (que inclui o pagamento de juros da dívida pública) nas contas do governo naquele ano. Mais da metade desse déficit foi financiada por empresas financeiras e não financeiras, famílias e instituições sem fins lucrativos.

A capacidade de financiamento das empresas financeiras somou R$ 83,3 bilhões. Já as empresas não financeiras e as famílias cobriram quase R$ 4 bilhões desse déficit. Assim, com a capacidade de financiamento nacional somando apenas R$ 89 bilhões, o governo foi obrigado a ir ao mercado de capitais para pegar mais R$ 60, 3 bilhões emprestados, com o objetivo de honrar as despesas públicas.

“Fica clara a necessidade de captação do governo para financiar esse déficit, preponderantemente através da emissão de títulos”, explicou Carlos Sobral, gerente de Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. Segundo o IBGE, a emissão de títulos públicos representou quase 65% do passivo patrimonial da administração pública brasileira em 2009.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEmpréstimosGovernoMercado financeiroTítulos públicos

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE