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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.
O mercado de telecomunicações deve voltar a crescer em 2003. A previsão otimista é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee), Carlos de Paiva Lopes. De acordo com as estimativas da entidade, o setor deve crescer 12% este ano, especialmente graças à instalação das novas redes de telefonia celular das bandas D e E. Empresas que compraram licenças no fim do ano passado, como TIM, Telecom Americas e Oi, devem reaquecer os negócios, afirmou Paiva Lopes.
As declarações são otimistas. No ano passado, de acordo com os números recém-revisados da Abinee, o setor de telecom foi o que mais recuou: 35% em relação a 2001. A principal razão foi o fim das obrigações de universalização das operadoras fixas, que tiveram de levar linhas telefônicas a regiões nunca antes atendidas. Com as metas atingidas, o setor de fios e cabos continua "parado", como disse Paiva Lopes. "No geral, a indústria tem cerca de 42% de capacidade ociosa", afirmou ele. Além dos fabricantes de celulares, outro setor que deve crescer é o ligado à internet de alta velocidade.
Paiva Lopes falou na apresentação oficial da 13.a Telexpo, uma das maiores feiras de telecomunicações e tecnologia da informação do país. A feira acontece entre 25 e 28 de março no Expo Center Norte, em São Paulo. Há cerca de 500 expositores, numa área de 40 000 metros quadrados. A Telexpo diminuiu em relação ao ano passado, "mas a diminuição foi menor que a contração do mercado", afirmou Ligia Amorim, diretora-geral da Advanstar, a empresa que organiza o evento.
Ela calcula que o total de negócios gerado pela Telexpo seja de 4 bilhões de reais, ou 5% do PIB brasileiro do setor de telecomunicações, tecnologia da informação e serviços. Apesar da redução de tamanho, empresas importantes do setor voltarão à feira, como as operadoras Telemar, Embratel e GVT e a fabricante Alcatel.