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Setor de serviços no Brasil piora em abril e demite mais

As empresas de serviços tentaram em abril atrair novos clientes oferecendo descontos, mostrou a pesquisa, apesar de mais um aumento nos custos de insumos

Serviços: a demanda no país vem sendo afetada pelo impasse político, pela piora no otimismo dos clientes e pela recessão econômica, de acordo com a pesquisa (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 11h34.

São Paulo - A atividade do setor de serviços do Brasil voltou a apresentar forte deterioração em abril, em meio às intensas demissões e que levaram à redução de preços pela primeira vez em um ano e meio, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.

O PMI de serviços do Brasil caiu a 37,4 em abril, contra 38,6 em março, segundo nível mais baixo em mais de nove anos de coleta de dados, permanecendo bem abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

"As perspectivas econômicas continuam sombrias quando existe tanta incerteza no mercado. As reformas econômicas não devem fazer parte da agenda dos políticos até que seja alcançado um resultado sobre o impeachment no Senado", disse a economista do Markit Pollyanna De Lima em nota, referindo-se ao processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff .

As empresas de serviços tentaram em abril atrair novos clientes oferecendo descontos, mostrou a pesquisa, apesar de mais um aumento nos custos de insumos.

Segundo o Markit, os preços médios de venda foram reduzidos pela primeira vez desde outubro de 2014, caindo nas áreas de Hotéis e Restaurantes, Aluguéis e Atividades de Negócios e Transportes e Armazenamento.

Os entrevistados citaram a fragilidade econômica no país como fator para a queda da produção de serviços em abril, com forte contração no volume de entrada de novos trabalhos, destacadamente no setor de Correios e Telecomunicações.

A demanda no país vem sendo afetada pelo impasse político, pela piora no otimismo dos clientes e pela recessão econômica, de acordo com a pesquisa.

Buscando diminuir custos, as empresas de serviços reduziram o nível de emprego em abril pela taxa mais forte já registrada na pesquisa, com os cortes acelerando em todos os seis subsetores acompanhados, afetando também o consumo.

"O desemprego mais alto deve agravar ainda mais a demanda doméstica nos próximos meses", alertou Pollyanna.

Ainda assim, o otimismo entre os fornecedores de serviços no país melhorou, diante das expectativas de que as crises econômica e política vão terminar.

O grau de otimismo chegou ao maior nível em sete meses, com mais da metade dos entrevistados esperando crescimento da produção ao longo do próximo ano.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) já havia apontado melhora de seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil em abril, devido também à alta das expectativas.

Com a piora também do setor industrial, o PMI Composto brasileiro atingiu em abril o menor nível da série, de 39,0, contra 40,8 em março.

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O PMI de serviços do Brasil caiu a 37,4 em abril, contra 38,6 em março, segundo nível mais baixo em mais de nove anos de coleta de dados, permanecendo bem abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

"As perspectivas econômicas continuam sombrias quando existe tanta incerteza no mercado. As reformas econômicas não devem fazer parte da agenda dos políticos até que seja alcançado um resultado sobre o impeachment no Senado", disse a economista do Markit Pollyanna De Lima em nota, referindo-se ao processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff .

As empresas de serviços tentaram em abril atrair novos clientes oferecendo descontos, mostrou a pesquisa, apesar de mais um aumento nos custos de insumos.

Segundo o Markit, os preços médios de venda foram reduzidos pela primeira vez desde outubro de 2014, caindo nas áreas de Hotéis e Restaurantes, Aluguéis e Atividades de Negócios e Transportes e Armazenamento.

Os entrevistados citaram a fragilidade econômica no país como fator para a queda da produção de serviços em abril, com forte contração no volume de entrada de novos trabalhos, destacadamente no setor de Correios e Telecomunicações.

A demanda no país vem sendo afetada pelo impasse político, pela piora no otimismo dos clientes e pela recessão econômica, de acordo com a pesquisa.

Buscando diminuir custos, as empresas de serviços reduziram o nível de emprego em abril pela taxa mais forte já registrada na pesquisa, com os cortes acelerando em todos os seis subsetores acompanhados, afetando também o consumo.

"O desemprego mais alto deve agravar ainda mais a demanda doméstica nos próximos meses", alertou Pollyanna.

Ainda assim, o otimismo entre os fornecedores de serviços no país melhorou, diante das expectativas de que as crises econômica e política vão terminar.

O grau de otimismo chegou ao maior nível em sete meses, com mais da metade dos entrevistados esperando crescimento da produção ao longo do próximo ano.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) já havia apontado melhora de seu Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Brasil em abril, devido também à alta das expectativas.

Com a piora também do setor industrial, o PMI Composto brasileiro atingiu em abril o menor nível da série, de 39,0, contra 40,8 em março.

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