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Setor de serviços do Brasil tem 1ª contração em 1 ano

Atividade do setor entrou em contração em agosto pela primeira vez em um ano e meio devido à estagnação da entrada de novos trabalhos

Serviços: PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu para 49,7 em agosto, ante 50,3 em julho (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 10h19.

São paulo - A atividade do setor de serviços do Brasil entrou em contração em agosto pela primeira vez em um ano e meio devido à estagnação da entrada de novos trabalhos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras ( PMI , na sigla em inglês) do Markit nesta quarta-feira, ampliando os sinais de fragilidade da economia no terceiro trimestre.

O PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu para 49,7 em agosto, ante 50,3 em julho. É a primeira vez em 12 meses que o índice fica abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Entre os seis subsetores monitorados, o de Correios e Telecomunicações foi o que registrou a queda mais intensa.

"O PMI de serviços caiu abaixo da marca de 50 pela primeira vez desde agosto de 2012, sugerindo que a economia está desacelerando", destacou o economista-chefe do HSBC, Andre Loes.

De acordo com o Markit, os entrevistados que indicaram volumes mais baixos de novos negócios mencionaram demanda mais fraca e uma economia cada vez mais frágil.

Assim, a taxa de crescimento de contratações em agosto foi a mais fraca na atual sequência de seis meses de criação de postos de trabalho. Os pedidos em atraso se acumularam no mês passado, encerrando nove meses de redução.

Preços

Destacando a desvalorização recente do real em relação ao dólar, os entrevistados citaram preços mais altos das matérias-primas importadas, e os valores pagos pelas empresas brasileiras de serviços subiram em agosto no ritmo mais rápido do ano.


Todos os seis subsetores indicaram preços mais elevados de compra, com o aumento mais rápido sendo observado no de Hotéis e Restaurantes, de acordo com o Markit.

Com isso, os provedores de serviços aumentaram os preços de venda no ritmo mais forte desde março, impulsionados pelo setor de Hotéis e Restaurantes.

Apesar disso, foi mantido o otimismo entre as empresas em relação ao crescimento da produção no próximo ano, atingindo o maior nível em dez meses, devido à expectativa de demanda forte, além da Copa do Mundo e de uma melhora na economia.

Quase 74 por cento dos entrevistados esperam que a produção aumente no próximo ano, contra apenas 4 por cento que veem redução, informou o Markit.

A contração do setor de serviços do Brasil somada ao segundo mês de queda na atividade industrial deixaram o PMI Composto do país pelo segundo mês seguido abaixo da marca de 50, atingindo 49,7 em agosto ante 49,6 em julho.

Esses são mais alguns sinal da fraqueza da economia brasileira no terceiro trimestre, após o Produto Interno Bruto surpreender e mostrar expansão de 1,5 por cento no período entre abril e junho sobre os três meses anteriores.

Os PMIs somam-se à queda de 2,0 por cento da produção industrial em julho e aos recuos na fabricação de veículos e de aço bruto no país, alimentando as expectativas de perda de ímpeto da economia no terceiro trimestre.

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São paulo - A atividade do setor de serviços do Brasil entrou em contração em agosto pela primeira vez em um ano e meio devido à estagnação da entrada de novos trabalhos, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras ( PMI , na sigla em inglês) do Markit nesta quarta-feira, ampliando os sinais de fragilidade da economia no terceiro trimestre.

O PMI sobre o setor de serviços do Brasil caiu para 49,7 em agosto, ante 50,3 em julho. É a primeira vez em 12 meses que o índice fica abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Entre os seis subsetores monitorados, o de Correios e Telecomunicações foi o que registrou a queda mais intensa.

"O PMI de serviços caiu abaixo da marca de 50 pela primeira vez desde agosto de 2012, sugerindo que a economia está desacelerando", destacou o economista-chefe do HSBC, Andre Loes.

De acordo com o Markit, os entrevistados que indicaram volumes mais baixos de novos negócios mencionaram demanda mais fraca e uma economia cada vez mais frágil.

Assim, a taxa de crescimento de contratações em agosto foi a mais fraca na atual sequência de seis meses de criação de postos de trabalho. Os pedidos em atraso se acumularam no mês passado, encerrando nove meses de redução.

Preços

Destacando a desvalorização recente do real em relação ao dólar, os entrevistados citaram preços mais altos das matérias-primas importadas, e os valores pagos pelas empresas brasileiras de serviços subiram em agosto no ritmo mais rápido do ano.


Todos os seis subsetores indicaram preços mais elevados de compra, com o aumento mais rápido sendo observado no de Hotéis e Restaurantes, de acordo com o Markit.

Com isso, os provedores de serviços aumentaram os preços de venda no ritmo mais forte desde março, impulsionados pelo setor de Hotéis e Restaurantes.

Apesar disso, foi mantido o otimismo entre as empresas em relação ao crescimento da produção no próximo ano, atingindo o maior nível em dez meses, devido à expectativa de demanda forte, além da Copa do Mundo e de uma melhora na economia.

Quase 74 por cento dos entrevistados esperam que a produção aumente no próximo ano, contra apenas 4 por cento que veem redução, informou o Markit.

A contração do setor de serviços do Brasil somada ao segundo mês de queda na atividade industrial deixaram o PMI Composto do país pelo segundo mês seguido abaixo da marca de 50, atingindo 49,7 em agosto ante 49,6 em julho.

Esses são mais alguns sinal da fraqueza da economia brasileira no terceiro trimestre, após o Produto Interno Bruto surpreender e mostrar expansão de 1,5 por cento no período entre abril e junho sobre os três meses anteriores.

Os PMIs somam-se à queda de 2,0 por cento da produção industrial em julho e aos recuos na fabricação de veículos e de aço bruto no país, alimentando as expectativas de perda de ímpeto da economia no terceiro trimestre.

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