Economia

Setor de serviços do Brasil cresce 1,8% em setembro, diz IBGE

A taxa acumulada no ano foi de redução de 8,8%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 6,0%

16/09/2020
REUTERS/Ricardo Moraes (Ricardo Moraes/Reuters)

16/09/2020 REUTERS/Ricardo Moraes (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 09h37.

Última atualização em 12 de novembro de 2020 às 10h54.

Com a alta de 1,8% em setembro, o volume de serviços prestados subiu 8,6% no terceiro trimestre ante o segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta quinta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a maior alta da série histórica da PMS, iniciada em 2011, disse Rodrigo Lobo, gerente da PMS, mas se segue a um tombo de 15,5% no segundo trimestre ante o primeiro, também o maior da série, por causa da pandemia de covid-19.

Em relação ao terceiro trimestre de 2019, ainda houve queda de 9 7%.

Gráfico - IBGE - 2020-11-12

Gráfico - IBGE - 2020-11-12 (IBGE/Divulgação)

Em quatro meses seguidos de alta, o volume de serviços acumulou avanço de 13,4%, ainda insuficiente para recuperar a perda de 19 8% de fevereiro a maio. Em setembro, o volume de serviços prestados ficou 8,0% abaixo do nível de fevereiro, antes da pandemia, e ainda precisa subir 8,7% para voltar a esse patamar. Com isso, o volume de serviços ainda está 18,3% abaixo do nível máximo da série histórica, registrado em novembro de 2014.

Isoladamente, a alta de 1,8% em setembro foi a maior para o mês desde o início da série histórica, mas Lobo destacou que os serviços seguem como o setor mais afetado pela pandemia."O caráter presencial é um limitador", afirmou o pesquisador, citando os serviços de transportes de passageiros e os serviços prestados às famílias como os mais afetados por essa característica.

Lobo lembrou ainda que a renda adicional gerada pelo auxílio emergencial pago pelo governo para os trabalhadores informais de baixa renda teve menos efeito sobre o desempenho do setor, já que foi mais direcionado para a compra de bens, com destaque para alimentos.

Mesmo com a retirada de boa parte das medidas de restrição ao contato social, Lobo prevê que a retomada do volume de serviços prestados enfrentará, no médio prazo, dificuldades por causa do cenário de desemprego elevado e massa de rendimentos em queda em 2021.

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