Economia

Setor de serviços cresce 1,2% em maio

Na comparação com o mês no ano anterior, houve aumento de 23% em maio de 2021

Centro de São Paulo: com a reabertura do comércio depois do primeiro pico de contaminação, aglomerações foram registradas (Amanda Perobelli/Reuters)

Centro de São Paulo: com a reabertura do comércio depois do primeiro pico de contaminação, aglomerações foram registradas (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2021 às 09h37.

Última atualização em 13 de julho de 2021 às 09h59.

O volume de serviços brasileiro permaneceu em trajetória de crescimento na metade do segundo trimestre e dá sinais de aquecimento com alta recorde para o mês de maio, ficando 0,2% acima do patamar pré-pandemia.

No mês, houve crescimento de 1,2% no volume de serviços em comparação com abril, máxima da série histórica para maio e praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 1,3%.

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Depois de ganho de 1,3% em abril, o setor acumulou alta de 2,5% nesses dois meses, porém ainda insuficiente para recuperar as perdas de 3,4% vistas em março, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.

Ainda assim, superou pela segunda vez este ano o nível em que estava em fevereiro de 2020, antes da pandemia --em fevereiro deste ano o setor havia ficado 1,2% acima do período anterior à adoção das primeiras medidas de isolamento.

O setor de serviços segue sendo o mais afetado pelas medidas para conter a propagação do coronavírus.

"O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas. Em abril e maio, essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

"À medida que se aproxima do patamar pré-pandemia, o setor fica mais perto da normalidade", completou. "O setor cresce em consequência da vacinação maior, especialmente aqueles que dependem do consumo presencial."

Os dados apontaram ainda ganho de 23,0% na comparação anual, contra expectativa de alta de 22,6%.

A pesquisa do IBGE mostrou que entre as cinco atividades pesquisadas, três tiveram crescimento em maio. O volume de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio cresceu 3,7% no mês.

"A expansão nos transportes tem muito a ver com a queda no preço das passagens aéreas, além do aumento da demanda por esse serviço. O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio", disse Lobo.

Os serviços prestados às famílias aumentaram 17,9% no mês mas estão 29,1% abaixo do período pré-pandemia; enquanto serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 1,0%, estando 2,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

As taxas negativas em maio foram registradas em serviços de informação e comunicação (-1,0%) e outros serviços (-0,2%).

O índice de atividades turísticas, por sua vez, registrou expansão de 18,2% em maio sobre abril, segunda taxa positiva consecutiva e acumulando no período ganho de 23,3%.

"Esse avanço recente recupera boa parte da queda de 26,5% observada em março, que foi um mês com maior número de limitações ao funcionamento de determinados estabelecimentos. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado", disse Lobo.

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