Setor de serviços acelera alta em janeiro com aumento de pedidos, diz PMI
Janeiro marcou ainda o sexto mês seguido de alta no nível de empregos em serviços, no segundo ritmo mais rápido nesse período
Reuters
Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 14h39.
São Paulo — O setor de serviços do Brasil iniciou 2020 ganhando força, com aumento da produção, nível de empregos e novos pedidos em meio a uma confiança elevada, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do IHS Markit.
O PMI de setor saltou a 52,7 em janeiro, de 51,0 em dezembro, marcando a alta mais forte na sequência de sete meses de crescimento registrada pelos serviços. Leituras acima de 50 indicam expansão.
De acordo com a pesquisa, os entrevistados citaram demanda melhor, com a atividade crescendo em todas as categorias monitoradas, com exceção de Transporte e Armazenamento.
Os fornecedores brasileiros de serviços receberam em janeiro um maior fluxo de novos negócios, que aumentaram na taxa mais forte em dez meses. O melhor desempenho foi apresentado por Finanças e Seguros.
Por outro lado, a entrada de novos negócios provenientes do exterior caiu no primeiro mês do ano, após crescimento em dezembro.
Janeiro marcou ainda o sexto mês seguido de aumento no nível de empregos em serviços, no segundo ritmo mais rápido nesse período. As contratações foram impulsionadas pela maior atividade de negócios, reestruturações internas, ambiente favorável de demanda e previsões otimistas de crescimento, de acordo com o IHS Markit.
Em relação às despesas enfrentadas pelas empresas, houve um crescimento devido a custos com empregos e preços mais altos de energia, alimentos, combustíveis e água. Como resultado, os preços cobrados subiram, já que as empresas buscaram proteger as margens de lucros.
As empresas de serviços mantiveram no mês o nível elevado de otimismo em relação ao crescimento da atividade nos próximos 12 meses, diante de investimentos, aumento de clientes, cenário econômico favorável e reformas governamentais.
"O emprego e a atividade empresarial do setor de serviços expandiram a taxas mais rápidas, já que as empresas se mostraram fortemente confiantes sobre as perspectivas de crescimento. As empresas esperam que as reformas fiscais atraiam investimento, melhorem o crescimento econômico e deem mais suporte à demanda", disse a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.
Foi o setor de serviços que forneceu o maior impulso para o crescimento do setor privado em janeiro, ajudando o PMI Composto a subir para uma máxima em quatro meses de 52,2 em janeiro, de 50,9 no mês anterior.