Economia

Setor de previdência arrecada R$ 18,9 bi no trimestre

O setor de planos de previdência complementar aberta cresceu 26,83% de janeiro a março


	O destaque de arrecadação no primeiro trimestre deste ano foram os planos individuais com crescimento de 33,16%, para 33,16%
 (Marcos Santos/USP Imagens)

O destaque de arrecadação no primeiro trimestre deste ano foram os planos individuais com crescimento de 33,16%, para 33,16% (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 11h40.

São Paulo - O setor de planos de previdência complementar aberta cresceu 26,83% de janeiro a março, alcançando arrecadação de R$ 18,9 bilhões ante igual intervalo do ano passado, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).

Este desempenho possibilitou que a carteira de investimentos do setor alcançasse a marca de R$ 348,3 bilhões, montante 22,78% maior, na mesma base de comparação.

A expectativa da FenaPrevi para 2013, conforme Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi e diretor superintendente da Itaú Vida e Previdência, é que o setor cresça na casa dos 30%, alcançando um volume total em termos de carteira de investimento superior a R$ 410 bilhões.

"A tendência nesse cenário de juros menor é que à medida que as pessoas aperfeiçoem os investimentos de curto, médio e longo prazo, o setor de previdência privada aberta cresça mais", avalia ele, em entrevista ao Broadcast.

De acordo com o especialista, a expansão do setor de previdência tem sido mais pela alocação de recursos do que pelo fluxo de recursos novos. A tendência, na opinião de Nascimento, é que no cenário de juros baixos as pessoas se planejem melhor, estimulando um movimento de realocação de carteiras nos próximos trimestres.

"A tendência é que a previdência privada complementar aberta seja uma opção de longo prazo que vai atrair recursos que hoje estão aportados em opções de curto prazo, como a poupança", avalia ele.

O destaque de arrecadação no primeiro trimestre deste ano foram os planos individuais com crescimento de 33,16%, para 33,16%. Em contrapartida, o volume de aportes para planos para menores e empresariais caiu 5,06% e 11,76%, respectivamente.


Quando avaliado o tipo de plano, a carteira do VGBL, modalidade recomendada para quem declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado, obteve melhor desempenho. Foram R$ 16,4 bilhões em novos depósitos nos três primeiros meses, alta de 32,20%, frente ao primeiro trimestre de 2012.

Já o PGBL, indicado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo, registrou depósitos de R$ 1,6 bilhão, leve alta de 0,36%. A arrecadação dos planos tradicionais apresentou queda de 1,67%, passando de R$ 826,5 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para R$ 812,7 bilhões em igual intervalo deste ano.

O volume de provisões (recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta) apresentou saldo de R$ 337 bilhões e alta de 22,07% no primeiro trimestre.

No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 276,1 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no período, com avanço de 28,48%, para R$ 219,4 bilhões. Nos planos PGBL, a alta foi de 12,61%, totalizando R$ 75,6 bilhões.

Na análise mensal, a arrecadação dos planos de previdência expandiu 15,76%, totalizando R$ 6,5 bilhões. Os planos individuais receberam R$ 5,9 bilhões em novos aportes (alta de 17,84%), os planos empresariais R$ 530,8 milhões (2,95% superior) e os planos para menores R$ 141 milhões, com recuo de 9,09%.

No mês de março, o VGBL respondeu por R$ 5,7 bilhões dos novos depósitos e o PGBL por R$ 560,7 milhões.

No primeiro trimestre deste ano, a liderança do mercado de previdência complementar aberta ficou com a Bradesco Vida e Previdência, com 32,73% do total das reservas.

Itaú Vida e Previdência ficou com a segunda colocação, com uma participação de 24,33%. BrasilPrev, do BB, e Zurich Santander ocuparam a terceira e quarta colocações, com participações de 20,76% e 6,10%, respectivamente.

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