Economia

Setor de motos deve manter estabilidade, prevê Abraciclo

"O setor já passou por quedas de 20% entre 2011 e 2012 quando saiu de um patamar de vendas de 2 milhões de unidades", disse presidente da Abraciclo


	Motos estacionadas: no primeiro trimestre de 2014, a produção de motocicletas atingiu 408.665 unidades, 6,6% de alta sobre igual período de 2013
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Motos estacionadas: no primeiro trimestre de 2014, a produção de motocicletas atingiu 408.665 unidades, 6,6% de alta sobre igual período de 2013 (REUTERS/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 16h23.

Ribeirão Preto - O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Marcos Fermanian, avaliou nesta quarta-feira, 09, que setor de motocicletas deve manter estabilidade em 2014 ante 2013, após uma crise iniciada em 2011 por conta de restrições ao crédito.

"O setor já passou por quedas de 20% entre 2011 e 2012 quando saiu de um patamar de vendas de 2 milhões de unidades", disse.

Se o setor de motos repetir os dados de 2013, a produção deve ficar em torno de 1,673 milhão de unidades e as vendas, por volta de 1,6 milhão de motocicletas.

No primeiro trimestre de 2014, a produção de motocicletas atingiu 408.665 unidades, 6,6% de alta sobre as 383.199 unidades de igual período de 2013. As vendas avançaram 3,7%, para 365.306 unidades no varejo.

"As vendas cresceram, mas devemos ter uma queda durante a Copa do Mundo, o que nos faz avaliar que o setor manterá a estabilidade em 2014", disse.

Fermanian avalia que as montadoras de motocicletas não deverão enfrentar os problemas das montadoras de carros e caminhões - que reduziram a produção e ameaçam demissões a após a queda nas vendas - justamente porque o ajuste no setor já foi feito após a crise pós-2008.

Fermanian explicou que a restrição ao crédito ainda segue estabilizada para a venda de motos, com entre 20% e 30% dos pedidos de financiamento aprovados pelas financeiras, mas que pelo menos a expectativa é de retorno gradual das vendas parceladas.

"O limitador do crédito no passado foi o aumento da inadimplência. Como os indicadores de inadimplência estão caindo, esperamos um cenário melhor para o crédito", afirmou.

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