Economia

Setor de máquinas e equipamentos está na UTI, diz Campos

Ele defendeu novamente melhorias na condução da macroeconomia, para corrigir desequilíbrios de inflação alta, juros altos e baixo crescimento


	Eduardo Campos: "a gestão do país não tem foco, não tem visão de longo prazo"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Campos: "a gestão do país não tem foco, não tem visão de longo prazo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 12h34.

São Paulo - O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira, 7, em discurso para a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que a indústria de equipamentos "está na UTI".

Depois de a associação apresentar dados que mostram uma crise no setor, Campos afirmou que a única solução para recuperá-lo é a retomada do crescimento do Brasil. "Não tem solução isso aqui se o país continuar patinando a 0,9% (de crescimento do PIB)", afirmou.

Campos voltou a fazer críticas à gestão econômica do atual governo. "A gestão do país não tem foco, não tem visão de longo prazo", afirmou.

Ele defendeu novamente melhorias na condução da macroeconomia, para corrigir desequilíbrios de inflação alta, juros altos e baixo crescimento.

E criticou também a política do atual governo de priorizar determinados setores. "Setores da indústria conseguiram ter ambientes e nichos diferentes para sobreviver."

O setor de máquinas e equipamentos vem recebendo incentivos do governo federal, especialmente nos últimos cinco anos, mas mostra queda nos índices de produção. O setor reclama das condições de câmbio e do custo Brasil.

Campos afirmou que a solução para melhorar o ambiente econômico está na política, antes que na economia, criticando o sistema presidencialista de coalizão, que, segundo ele, está "esclerosado".

Voltou também a bater na tecla de que é preciso acabar com a polarização entre PT e PSDB e que a sua proposta é governar "com os bons".

O candidato falou que o setor do agronegócio tem uma importância grande para o país, mas que o Brasil precisa de um presidente com "coragem" para defender a indústria e que não seja conivente com esse processo que leva ao "derretimento" de empregos.

"Precisamos salvar a indústria brasileira da maior crise que viveu nos últimos 40 anos."

Ontem, Campos falou na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre suas propostas para fortalecer o ambiente para o agronegócio. Também falaram à CNA a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato tucano Aécio Neves.

A Abimaq ouviu Aécio Neves, candidato do PSDB, no início de julho e ouvirá Michel Temer, vice-presidente, representando Dilma, no início do mês que vem.

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