Economia

Serviços o Brasil tem ritmo mais lento em 4 meses

Segundo PMI, desaceleração do ritmo de expansão registrou perdas de empregos pela primeira vez desde agosto do ano passado


	Em fevereiro, o PMI desacelerou para 52,1 depois de ter atingido em janeiro a taxa mais rápida em 11 meses, de 54,5. Mesmo assim permaneceu pelo sexto mês seguido acima da marca de 50
 (Getty Images)

Em fevereiro, o PMI desacelerou para 52,1 depois de ter atingido em janeiro a taxa mais rápida em 11 meses, de 54,5. Mesmo assim permaneceu pelo sexto mês seguido acima da marca de 50 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 10h50.

São Paulo - O ritmo de expansão do setor de serviços do Brasil desacelerou em fevereiro para o ritmo mais lento em quatro meses, registrando perdas de empregos pela primeira vez desde agosto do ano passado, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta terça-feira.

Em fevereiro, o PMI desacelerou para 52,1 depois de ter atingido em janeiro a taxa mais rápida em 11 meses, de 54,5. Mas ainda assim permaneceu pelo sexto mês seguido acima da marca de 50 que divide crescimento de expansão.

Embora o volume de entrada de novos negócios para as empresas tenha registrado crescimento pelo sexto mês em meio à demanda mais forte, a taxa foi também a mais lenta em quatro meses, de acordo com o Markit.

Diante disso, o setor de serviços registrou em fevereiro a primeira queda no nível de emprego em seis meses, com cinco das seis categorias monitoradas indicando queda no número de funcionários. Somente o setor de Correios e Telecomunicações registrou aumento.

Ainda assim, 3 por cento dos entrevistados indicaram redução nos pedidos em atraso, embora todas as seis categorias monitoradas tenham registrado inflação nos preços de insumos. Parte disso foi repassado aos clientes, com quase 4 por cento dos entrevistados indicando preços mais altos.


Otimismo

Apesar disso, os fornecedores de serviços permaneceram otimistas em relação às perspectivas de negócios em 12 meses, com mais da metade das empresas esperando que a atividade seja maior, contra 47 por cento que não veem mudanças. "Portanto, o grau de sentimento positivo foi forte, atingindo um recorde de alta de três meses", escreveu o Markit.

A percepção do instituto, entretanto, é conflitante com a confiança de serviços apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que mostrou queda de 2,7 por cento no sentimento em fevereiro na comparação com janeiro, junto com recuo de 1,4 por cento na confiança do consumidor.

O consumo das famílias, com alta de 3,1 por cento, e o setor de serviços, com avanço de 1,7 por cento, impediram uma performance ainda mais fraca da economia brasileira no ano passado, que cresceu apenas 0,9 por cento ante 2011.

Com a indústria também mostrando desaceleração no ritmo de expansão, o PMI composto --que soma os resultados da indústria e de serviços-- mostrou desaceleração no setor privado, ao atingir 52,9 em fevereiro ante 54,9 em janeiro, informou ainda o Markit.

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