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Senador do PT minimiza decisão da Moody's sobre Brasil

"O que importa para a população - o salário, a distribuição de renda e o baixo desemprego - continua funcionando. E funcionando bem", diz líder do PT no Senado

Humberto Costa: petista argumentou que país não está imune aos efeitos da crise internacional (Waldemir Barreto/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 15h33.

Brasília - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), minimizou a revisão, pela agência de classificação de risco Moody's , da perspectiva do rating Baa2 do Brasil de estável para negativa.

Apesar de a Moody's citar entre as razões da alteração o baixo crescimento e o atual quadro fiscal, o senador disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que os indicadores que "importam" para a população continuam positivos.

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"O que importa para a população - o salário, a distribuição de renda e o baixo desemprego - continua funcionando. E funcionando bem", destacou.

Para justificar a decisão, a agência citou a redução sustentada do crescimento econômico brasileiro, a deterioração do sentimento do investidor e os desafios fiscais.

Sobre o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) apontado pela Moody's, o petista argumentou que o país não está imune aos efeitos da crise internacional.

"A população sabe que não vamos poder continuar sendo uma ilha em relação ao restante do mundo", disse.

O senador não vê nenhum efeito da ação da Moody's no processo eleitoral e alegou que, para a população, os dados econômicos apresentados pela agência têm uma importância menor do que o emprego e a renda.

Já o deputado pelo PSDB e ex-secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly, culpou o governo pela revisão anunciada pela Moody's. "Todos os indicadores econômicos estão negativos, as empresas estão sofrendo barbaramente. É óbvio que o resultado é cada vez pior", disse.

De acordo com ele, a administração petista criou para o Brasil uma "agenda negativa que não tem limites" e que não será revertida mesmo com a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Na segunda-feira, 08, a presidente Dilma Rousseff disse que em um eventual segundo mandato Mantega não continuará no comando da pasta por razões pessoais.

"Com Mantega ou sem Mantega, se não tirar a Dilma e o PT do governo, não muda", declarou Hauly. "O problema é endêmico: eles são um conjunto de pessoas que estão negativando a economia, os negócios, a Petrobras e as estatais", concluiu.

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