Economia

Sem reformas não há credibilidade, diz JP Morgan

Sem reformas no Congresso, não há credibilidade. Sem credibilidade, não há crédito. Esse é o recado de Graham Stock, estrategista de mercados emergentes do banco de investimentos JP Morgan. O banco de investimentos americano informou nesta terça-feira que rebaixou a avaliação sobre a dívida do Brasil de "neutral" para "underweight". O JP Morgan mencionou o […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

Sem reformas no Congresso, não há credibilidade. Sem credibilidade, não há crédito. Esse é o recado de Graham Stock, estrategista de mercados emergentes do banco de investimentos JP Morgan.

O banco de investimentos americano informou nesta terça-feira que rebaixou a avaliação sobre a dívida do Brasil de "neutral" para "underweight". O JP Morgan mencionou o receio de que o novo governo não consiga manter a atual atmosfera positiva dos mercados.

Para Stock, "conciliar a boa vontade do mercado com o progresso legislativo nas reformas será difícil". Esses fatores não devem acontecer antes de três meses, por isso ficaria difícil, antes de março, devolver ao país o crédito neutro.

O desempenho dos títulos da dívida brasileira ultrapassa o de outros países emergentes, como a Rússia, desde meados de outubro, quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começou a fazer comentários mais amistosos em relação aos mercados. "O PT continuou considerando publicamente iniciativas políticas que agradam aos mercados, como a reforma da Previdência e trabalhista", afirmou o JP Morgan. "Mas vemos pouco espaço para a continuidade de uma boa performance sem um progresso legislativo concreto que fortifique as contas fiscais e discuta limites estruturais mais amplos."

O banco também disse que o progresso no Orçamento de 2003 e a demora no anúncio dos ministros do próximo governo dão a impressão de que a reforma econômica será menos acelerada do que o PT sugere. "Quando o PT poderia trabalhar com o Congresso e manter o ritmo de otimismo do país, haverá recesso e escolha dos líderes. Todas as votações importantes ficarão para trás", diz Stock. Para ele, só isso traria de volta os investimentos ao país. O JP Morgan não prevê um calote da dívida pública, mas casos isolados de calote no setor privado.

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