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Sem reforma trabalhista, Brasil pode virar Venezuela, diz TST

De acordo com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, se o país não mudar suas leis trabalhistas, o desemprego aumentará mais

Desemprego: para ele, a consolidação da CLT "continua com uma série de deficiências" (.)

Desemprego: para ele, a consolidação da CLT "continua com uma série de deficiências" (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 13h36.

Brasília - O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, fez forte defesa da proposta da reforma trabalhista apresentada pelo governo à Câmara.

Se não houver reforma, diz Martins Filho, o desemprego crescerá ainda mais e o Brasil estaria sob o risco de evoluir rumo à situação da Venezuela no mercado de trabalho.

"Do jeito que estamos, vamos aumentar o desemprego", disse o presidente do TST, com a argumentação de que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) "continua com uma série de deficiências" mesmo após a série de ajustes no texto ao longo das últimas décadas. Martins Filho participa de audiência na Comissão da Reforma Trabalhista na Câmara.

Ao defender a reforma, Martins Filho fez uma comparação que gerou polêmica entre deputados e outros presentes. O presidente do TST disse que, se nada for feito na legislação trabalhista, "podemos caminhar a tal ponto que vamos rumo à Venezuela".

A comparação foi aplaudida por parte dos presentes e vaiada por outro grupo de presentes. Em seguida, ele tentou apaziguar os ânimos com a afirmação de que empresários, trabalhadores e sindicalistas querem chegar a um objetivo comum - que passa pelo aumento do emprego, segurança jurídica e harmonia nas relações do trabalho - mas só divergem quanto ao caminho para esse objetivo.

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