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Selic deve ficar estável e crescimento acelerar, diz CNI

Entidade acredita que economia brasileira deve fechar 2011 com expansão de 3,8%

A CNI prevê inflação em 6% no final de 2011 (Lennart Preiss/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 18h00.

Brasília – A economia brasileira deve crescer 3,8% este ano, mais do que o aumento da produção industrial, estimado em 3,2%, segundo o Informe Conjuntural que o economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, divulgou hoje (25). As estimativas melhoraram em relação ao informativo de abril (3,5% e 2,8%, respectivamente).

Castelo Branco ressaltou que a perspectiva mais otimista é resultado do crescimento “acima do esperado” no primeiro trimestre, quando a economia avançou 1,3% em relação ao trimestre anterior, diante da estimativa de crescimento de 1%. Mas a elevação do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, perdeu velocidade nos meses seguintes, e a expectativa é que não passe de 1% em cada um dos dois próximos trimestres, de acordo com o economista.

Ele disse que a indústria de transformação vai crescer ainda menos que a projeção para a indústria em geral, apenas 2,6%, por causa da importação crescente de produtos manufaturados e da perda de competitividade dos produtos brasileiros lá fora. Consequência, principalmente, da valorização do real ante o dólar, de mais de 30% nos últimos cinco anos.

Castelo Branco explicou que, além da questão cambial, outros fatores se somam para explicar a queda de ritmo da atividade econômica a partir de segundo trimestre. A começar pelas medidas de restrição ao crédito, pela elevação da taxa básica de juros (Selic), aumento da inadimplência das famílias e das empresas e contenção do ritmo das despesas públicas.

Dentre as projeções da publicação trimestral da CNI, destaque para a melhor relação entre dívida líquida do Setor Público e o PIB, que deve terminar o ano em 39,5% e não mais nos 39,9% estimados em abril. De acordo com o Informe Conjuntural, não haverá mais correções da taxa Selic este ano, ao contrário das expectativas de analistas financeiros, que apostam em mais um ajuste de 0,25 ponto percentual no final de agosto. Castelo Branco disse que “a melhora nas perspectivas de inflação indica fim do ciclo de alta dos juros”, e a Selic deve terminar 2011 nos atuais 12,5% ao ano.

A CNI manteve a expectativa de 6% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação. Manteve também a projeção de saldo comercial em US$ 20 bilhões, resultado de exportações de US$ 250 bilhões contra importações de US$ 230 bilhões. Piorou, porém, a perspectiva de saldo negativo na conta corrente externa, que era US$ 57 bilhões, e agora passou para US$ 61 bilhões.

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Brasília – A economia brasileira deve crescer 3,8% este ano, mais do que o aumento da produção industrial, estimado em 3,2%, segundo o Informe Conjuntural que o economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, divulgou hoje (25). As estimativas melhoraram em relação ao informativo de abril (3,5% e 2,8%, respectivamente).

Castelo Branco ressaltou que a perspectiva mais otimista é resultado do crescimento “acima do esperado” no primeiro trimestre, quando a economia avançou 1,3% em relação ao trimestre anterior, diante da estimativa de crescimento de 1%. Mas a elevação do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, perdeu velocidade nos meses seguintes, e a expectativa é que não passe de 1% em cada um dos dois próximos trimestres, de acordo com o economista.

Ele disse que a indústria de transformação vai crescer ainda menos que a projeção para a indústria em geral, apenas 2,6%, por causa da importação crescente de produtos manufaturados e da perda de competitividade dos produtos brasileiros lá fora. Consequência, principalmente, da valorização do real ante o dólar, de mais de 30% nos últimos cinco anos.

Castelo Branco explicou que, além da questão cambial, outros fatores se somam para explicar a queda de ritmo da atividade econômica a partir de segundo trimestre. A começar pelas medidas de restrição ao crédito, pela elevação da taxa básica de juros (Selic), aumento da inadimplência das famílias e das empresas e contenção do ritmo das despesas públicas.

Dentre as projeções da publicação trimestral da CNI, destaque para a melhor relação entre dívida líquida do Setor Público e o PIB, que deve terminar o ano em 39,5% e não mais nos 39,9% estimados em abril. De acordo com o Informe Conjuntural, não haverá mais correções da taxa Selic este ano, ao contrário das expectativas de analistas financeiros, que apostam em mais um ajuste de 0,25 ponto percentual no final de agosto. Castelo Branco disse que “a melhora nas perspectivas de inflação indica fim do ciclo de alta dos juros”, e a Selic deve terminar 2011 nos atuais 12,5% ao ano.

A CNI manteve a expectativa de 6% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação. Manteve também a projeção de saldo comercial em US$ 20 bilhões, resultado de exportações de US$ 250 bilhões contra importações de US$ 230 bilhões. Piorou, porém, a perspectiva de saldo negativo na conta corrente externa, que era US$ 57 bilhões, e agora passou para US$ 61 bilhões.

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