São Paulo – O Banco Central deu hoje mais um passo na sequência de cortes nos juros, reduzindo a taxa básica da economia de 10,50% para 9,75% ao ano. Entretanto, a queda de 0,75 ponto percentual na Selic praticamente não tem efeitos na economia do dia-a-dia.

Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que o impacto da queda da taxa básica no crédito que os bancos concedem a consumidores e empresas é mínimo.

No caso das pessoas físicas, por exemplo, a variação entre a Selic e a taxa de juro que é cobrada em operações de financiamento é de mais de 900%. As taxas de juros cobradas dos consumidores é, na média, de 110,40% ao ano.

O juro cobrado em operações com cartão de crédito, por exemplo, que está entre os mais altos do mercado, passa de 10,69% ao mês para 10,63% com a redução da Selic.

No caso do crédito a empresas, a variação também é mínima. A taxa mensal de um empréstimo de capital de giro passa de 2,44% ao mês para 2,38%.

Veja como ficam os juros ao consumidor após a decisão do Banco Central:

Fonte: Anefac

Linha de crédito	Mensal (Selic em 10,50%)	Anual (Selic em %)	Mensal (Selic em 9,75%)	Anual (Selic em 9,75%)
Juros do comércio	5,05%	80,61%	4,99%	79,38%
Cartão de crédito	10,69%	238,30%	10,63%	236,10%
Cheque especial	8,34%	161,50%	8,28%	159,76%
CDC - Bancos - veículos	2,01%	26,97%	1,95%	26,08%
Empréstimo pessoal - bancos	3,99%	59,92%	3,93%	58,81%
Empréstimo pessoal - financeiras	8,29%	160,05%	8,23%	158,33%
Taxa média	6,40%	110,40%	6,34%	108,98%