Economia

Secretário executivo da Fazenda diz que arcabouço fiscal será mantido até 2026 ‘custe o que custar’

Em entrevista, Dario Durigan também defendeu a autonomia do Banco Central

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 13h15.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 13h39.

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que o governo vai manter o arcabouço fiscal até 2026, “custe o que custar”, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Recentemente a gente teve algumas reuniões com o presidente que a gente retirou cinco encaminhamentos importantes. O primeiro foi ter o arcabouço fiscal até 2026, custe o que custar, como o ministro Haddad disse à imprensa na sequência da reunião a pedido do presidente Lula", afirmou o secretário executivo da Fazenda em entrevista à imprensa nesta terça-feira, 6.

O ministro em exercício — já que Fernando Haddad está de férias até esta quinta-feira — participou de seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

No evento, Durigan também reafirmou o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas.

"A Fazenda não abre mão de ter o equilíbrio das contas públicas. Gostaríamos de ter feito antes. Não foi possível. Vamos fazer este ano, no ano seguinte. Não abrimos mão. Isso vai dar tranquilidade econômica para o país manter uma taxa de juro mais baixa, gerar emprego, gerar estabilidade, aumentar o fluxo da balança comercial", disse o secretário executivo.

Para isso, o governo anunciou em julho, o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento de 2024. A medida foi tomada para cumprir as regras do arcabouço fiscal e preservar a meta de déficit zero das despesas públicas prevista para o fim do ano.

Autonomia do Banco Central

O secretário executivo da Fazenda também defendeu a autonomia do Banco Central (BC) nesta terça.

Segundo o número 2 de Haddad, a transição do atual presidente da autoridade monetária, Campos Neto, será “tranquila” e "sem arroubo político" para evitar reações no mercado.

"Fazer a transição da autoridade monetária também com responsabilidade, sem arroubo político. Somos a favor da autonomia do Banco Central. A autonomia do Banco Central garante que não haja oposição política no Banco Central, que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante", ressaltou Durigan.

Acompanhe tudo sobre:Banco Central

Mais de Economia

Em recado claro, membros do Copom afirmam que podem subir os juros para conter a inflação

Embraer e Airbus estão no páreo para vender 30 aviões para a Latam reforçar voos regionais no Brasil

Empresas brasileiras e chilenas devem anunciar R$ 82 bilhões em investimentos, diz Apex

Boletim Focus: mercado eleva projeções do IPCA para 2024 e 2025; Selic de 2025 também avança

Mais na Exame