SCPC indica estabilidade na inadimplência até fim de ano
Novos registros de inadimplentes aumentaram 3,5% no terceiro trimestre com relação a igual período do ano passado, de acordo com os dados da Boa Vista Serviços
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 14h18.
São Paulo - Após um período de queda da inadimplência ao longo do ano, o recente cenário de estabilidade deve se manter no fim de 2013 e no primeiro semestre de 2014. Essa é a avaliação da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito ( SCPC ), que apresentou nesta sexta-feira, 08, dados relativos ao terceiro trimestre do ano.
"Todos os indicadores deste ano mostraram um recuo da inadimplência, acompanhando os dados do Banco Central. Só que esta curva voltou a subir um pouco e a tendência é que agora se acomode", afirmou o diretor de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Boa Vista, Fernando Cosenza.
Os novos registros de inadimplentes aumentaram 3,5% no terceiro trimestre com relação a igual período do ano passado, de acordo com os dados de abrangência nacional da empresa. Já o indicador de recuperação de crédito, que avalia a capacidade do consumidor de renegociar e pagar suas dívidas, avançou menos (2,4%), em igual base de comparação.
Apesar desses resultados, a Boa Vista espera que no fim de 2013 o porcentual de recuperação de crédito seja maior do que o de novos registros de inadimplentes.
"Na última pesquisa que fizemos, pela primeira vez 100% dos entrevistados disseram ter condições de pagar o total de suas dívidas. Não com tom de otimismo, mas com tom de cautela. Isso mostra que o consumidor brasileiro está mais maduro e que as renegociações são mais sustentáveis", disse Cosenza.
Segundo ele, esta mudança de comportamento terá consequências para a próxima "safra" de concessão de crédito. "Não tanto como em anos anteriores, mas a oferta de crédito vai continuar crescendo. E devemos ter um cenário de maior qualidade na tomada de financiamentos. Esta é a grande notícia."
Flávio Calife, economista da Boa Vista Serviços, acrescenta que a recuperação da capacidade de o consumidor tomar crédito melhora as condições de consumo do brasileiro, contribuindo para o aquecimento da economia. "Não se pode esperar nenhum movimento extraordinário, mas essa recuperação deve ajudar o comércio neste fim de ano e no ano que vem", revelou.
Expectativa para 2014
A Boa Vista projeta taxas de inadimplência de 6,8% para 2013 e de 7% para 2014. A perspectiva de um cenário próximo da estabilidade é confirmada pelo Indicador de Risco de Crédito (IRC), calculado pela administradora e utilizado como antecedente de tendência da inadimplência medida pelo Banco Central.
Conforme o IRC, os consumidores que buscaram crédito nos últimos 12 meses reduziram o risco de se tornarem inadimplentes em 1,7% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, os especialistas citam algumas variáveis que devem ser acompanhadas. "A trajetória de alta da taxa básica de juros e a acomodação do mercado de trabalho, se persistirem, podem afetar o quadro", disse Calife.
"Também não podemos ignorar a importância da inflação. Mas o mais relevante é a renda do brasileiro. Se ela continuar crescendo menos do que em anos anteriores, o cenário para a inadimplência pode piorar", afirmou Cosenza.
São Paulo - Após um período de queda da inadimplência ao longo do ano, o recente cenário de estabilidade deve se manter no fim de 2013 e no primeiro semestre de 2014. Essa é a avaliação da Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito ( SCPC ), que apresentou nesta sexta-feira, 08, dados relativos ao terceiro trimestre do ano.
"Todos os indicadores deste ano mostraram um recuo da inadimplência, acompanhando os dados do Banco Central. Só que esta curva voltou a subir um pouco e a tendência é que agora se acomode", afirmou o diretor de Marketing, Inovação e Sustentabilidade da Boa Vista, Fernando Cosenza.
Os novos registros de inadimplentes aumentaram 3,5% no terceiro trimestre com relação a igual período do ano passado, de acordo com os dados de abrangência nacional da empresa. Já o indicador de recuperação de crédito, que avalia a capacidade do consumidor de renegociar e pagar suas dívidas, avançou menos (2,4%), em igual base de comparação.
Apesar desses resultados, a Boa Vista espera que no fim de 2013 o porcentual de recuperação de crédito seja maior do que o de novos registros de inadimplentes.
"Na última pesquisa que fizemos, pela primeira vez 100% dos entrevistados disseram ter condições de pagar o total de suas dívidas. Não com tom de otimismo, mas com tom de cautela. Isso mostra que o consumidor brasileiro está mais maduro e que as renegociações são mais sustentáveis", disse Cosenza.
Segundo ele, esta mudança de comportamento terá consequências para a próxima "safra" de concessão de crédito. "Não tanto como em anos anteriores, mas a oferta de crédito vai continuar crescendo. E devemos ter um cenário de maior qualidade na tomada de financiamentos. Esta é a grande notícia."
Flávio Calife, economista da Boa Vista Serviços, acrescenta que a recuperação da capacidade de o consumidor tomar crédito melhora as condições de consumo do brasileiro, contribuindo para o aquecimento da economia. "Não se pode esperar nenhum movimento extraordinário, mas essa recuperação deve ajudar o comércio neste fim de ano e no ano que vem", revelou.
Expectativa para 2014
A Boa Vista projeta taxas de inadimplência de 6,8% para 2013 e de 7% para 2014. A perspectiva de um cenário próximo da estabilidade é confirmada pelo Indicador de Risco de Crédito (IRC), calculado pela administradora e utilizado como antecedente de tendência da inadimplência medida pelo Banco Central.
Conforme o IRC, os consumidores que buscaram crédito nos últimos 12 meses reduziram o risco de se tornarem inadimplentes em 1,7% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, os especialistas citam algumas variáveis que devem ser acompanhadas. "A trajetória de alta da taxa básica de juros e a acomodação do mercado de trabalho, se persistirem, podem afetar o quadro", disse Calife.
"Também não podemos ignorar a importância da inflação. Mas o mais relevante é a renda do brasileiro. Se ela continuar crescendo menos do que em anos anteriores, o cenário para a inadimplência pode piorar", afirmou Cosenza.