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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.
Na última apuração feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), os estados da região Sudeste tiveram um tímido crescimento econômico, enquanto estados como Roraima e Mato Grosso do Sul registraram forte expansão. Os números das contas regionais referentes ao ano de 2001 quando o país registrou PIB de 1,3 trilhão de reais - foram divulgados nesta quinta-feira (11/12) pelo IBGE.
O estado do Mato Grosso do Sul, com taxa anual de 8,1%, foi o que mais cresceu. De acordo com o IBGE, o desempenho agropecuário na região e a baixa base de comparação (em 2000, foi o pior desempenho do país) explicam o resultado. Também se destacaram Mato Grosso e Rondônia, com taxas em torno de 6,5%, Roraima e Amapá (aproximadamente 6%), além de Pará, Paraná, Acre, Goiás, Amazonas e Santa Catarina (com taxas entre 5% e 6%).
O estado de São Paulo teve uma receita de 400 bilhões de reais em 2001 apenas 1,2% acima do resultado do ano anterior. Apesar disso, o estado continua com a maior participação no PIB do país. Nesta relação, em segundo lugar vem o Rio de Janeiro (PIB de 148 bilhões), seguido de Minas Gerais (113,5 bilhões) e Rio Grande do Sul (94 bilhões).
Nenhum estado da região Sudeste cresceu mais do que 1,2%. O IBGE explica que o racionamento de energia foi o responsável pela baixa produtividade, que afetou principalmente a indústria.
Por outro lado, o instituto aponta o agronegócio como o principal alavancador das expansões nos estados que se destacaram. O resultado favorável da agropecuária em geral é explicado pelo comportamento de alguns produtos agrícolas, principalmente soja e milho, e da pecuária, em particular, da avicultura e suíno-cultura para exportação.
A soja teve crescimento em volume de 15,5% no ano e nos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná e Mato Grosso o crescimento nessa produção foi de 45%, 25%, 20% e 9%, respectivamente. Dos grandes produtores, Goiás apresentou variação negativa (-1%). Já a produção de milho cresceu em torno de 30%, com excelente desempenho de todos os grandes produtores (Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Apenas Minas Gerais registrou queda na produção.